O cabeça de lista do PSD pelos Açores às eleições para a assembleia da república realçou hoje, com satisfação, “que a actividade queijeira em São Jorge continua a progredir, tendo dado um salto qualitativo considerável”, considerou Mota Amaral, numa visita à cooperativa Uniqueijo, em São Jorge, estrutura por ele inaugurada, enquanto presidente do governo regional, no início da década de noventa, e onde destacou que “a agricultura tem de voltar a ser um dos pontos fundamentais para o desenvolvimento dos Açores”.
Mota Amaral recordou que o programa eleitoral de governo apresentado pelo PSD considera “a agricultura como um sector estratégico para o desenvolvimento do nosso país, e isso é importantíssimo para os Açores, onde a agricultura se tem revelado decisiva, sendo mesmo importante fortalecê-la”, explicou, acrescentando que “não podemos deixar cair esta vocação tão natural, que resulta em produtos de tanta qualidade, em benefício de outras actividades mais fáceis”, adiantou.
“Continuamos a fazer finca-pé da garantia da estabilidade da nossa agro-pecuária e da produção de leite e não podemos ficar à mercê de um mercado sem regras, como tem acontecido com graves prejuízos”, afirmou, referindo-se mesmo “às quotas leiteiras que o governo ainda em funções deixou cair, desfazendo-se uma minoria de bloqueio que contrariava as propostas da comissária Boel (Mariann Fischer), e que incluía a Alemanha e a França, os dois maiores países da união europeia”, recordou.
“Foi uma imprudência o que aconteceu e é inaceitável que assim tenha sido”, disse o candidato, numa censura “muito veemente que dirijo ao ministro da agricultura e ao governo da república, pois creio que a sua decisão não tenha sido contrária à emanação do primeiro-ministro”, concluiu.
Acompanhando Mota Amaral na visita a São Jorge, a presidente do PSD/Açores reforçou a ideia defendida “pelo próprios representantes dos agricultores portugueses”, de que o actual ministro do sector “é o pior ministro da agricultura que Portugal teve depois do 25 de Abril, conforme referiram em reunião com a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite”, afirmou.
“É urgentíssimo mudar de governo e mudar de governo significa votar no PSD, de forma a fazer rumar o país a outros estágios de desenvolvimento”, assegurou, frisando “há outros sectores emergentes, como o turismo ou as novas tecnologias, mas a verdade é que dada a nossa natureza, continuamos a ter uma base assente essencialmente no sector primário e nas industrias ligadas ao sector primário”, explicou.
Questionada pelos jornalistas sobre os resultados eleitorais na ilha de São Jorge, com referência às últimas legislativas regionais, Berta Cabral recordou que “já ganhamos as europeias depois disso, e o que vivemos aqui é já uma mudança clara, no sentido em que as pessoas já perceberam que é preciso mudar de governo, que é preciso mudar o partido do governo, e que isso só se poderá fazer votando no PSD”, concluiu.