A sessão solene, que com contou com a presença do atual presidente do Governo Regional, o socialista Vasco Cordeiro, assinalou o primeiro aniversário de elevação a cidade da Lagoa, na ilha açoriana de S. Miguel.
Para o socialista Carlos César, o último presidente do Executivo açoriano a abandonar funções, é a defesa dos valores autonómicos e da democracia que o une ao social democrata Mota Amaral, o primeiro presidente do Governo Regional dos Açores.
“É um reconhecimento simbólico de que o processo de desenvolvimento dos Açores e afirmação autonómica é um processo que teve continuidade e que não tem exclusivo de nenhuma formação política ou protagonista”, afirmou Carlos César aos jornalistas, após receber a homenagem.
Também para Mota Amaral o título de cidadão honorário da Lagoa é “muito simbólico e importante”, dadas as “profundas raízes familiares” que o ligam ao concelho.
“Estamos a atravessar um período difícil. Já passamos outros no meu mandato e no mandato do presidente Carlos César e sempre ultrapassamos essas dificuldades. É preciso que os açorianos se mantenham unidos e que haja liderança para os entusiasmar. Estou certo que não faltará”, sustentou.
Mota Amaral, que cumpriu cinco mandatos consecutivos, presidiu ao Governo dos Açores entre 1976 e 1995, enquanto Carlos César esteve a liderar os destinos do arquipélago entre 1996 e 2012.
A cerimónia decorreu no salão nobre do Convento dos Franciscanos, um edifício histórico recentemente reabilitado, e onde funciona também a biblioteca municipal da cidade da Lagoa.
Lusa