Moura quase assegura novo título e Carmo dá passo em frente rumo ao vice-campeonato

Quatro ralis, quatro vitórias, quatro exibições imaculadas e a revalidação do título ficou a um pequeno passo. Assim se resume não só a prova deste fim de semana mas toda a época açoriana de ralis no que diz respeito a Ricardo Moura. O campeão e o seu primo e navegador Sancho Eiró não começaram da melhor forma na noite de ontem, dando muito espetáculo na 1ª passagem e optanto por uma condução “à taxista” (sic) na segunda. Mas já se sabia que a liderança de Carmo seria sol de pouca dura assim que chegassem os verdadeiros troços de rali e as profecias foram cumpridas com o campeão a não deixar créditos por mãos alheias e a vencer folgadamente cada um dos troços de sábado, mesmo se atrás de si se andava com a faca nos dentes. Como resultado, Moura ganhou com margem substancial uma prova que até era bem curta nos kms de classificativas a cumprir.

A verdadeira guerra do rali foi a do segundo lugar. Se Moura é dono e senhor do lugar mais alto do pódio se as condições forem as normais, para o segundo lugar havia 4 pilotos capazes de o ocupar. A falha do EVO IX de Ruben Rodrigues na noite de sexta deixou-o “fora de jogo” mas o jovem micaelense mostrou mais uma vez andamento suficiente para justificar a candidatura. No final, Rúben e os seu irmão Estevão tiveram de se contentar com o 5º lugar final.

Luís Rego Jr. e Pedro Rodrigues também não estiveram ao nível habitual com o jovem a queixar-se do setup errado do carro na primeira ronde e de uma avaria no sensor do acelerador que apareceu no final de Remédios 2. O melhor que conseguiram foi a quarta posição.

Restaram Ricardo Carmo e Sérgio Silva para discutir até ao último metro a posição intermédia do pódio. E que luta serviram os dois pilotos ao longo do dia! Os troços foram-se sucedendo em estilo “agora ganhas tu, depois ganho eu” até que à entrada para o último troço, S. Brás / Vila Franca, os dois se encontravam separados por três décimas de segundo com vantagem para Carmo.

Uma contagem parcial efectuada pelo Fórmula Rali na zona do asfalto que se segue ao fim da mata de São Brás e antes de entrar para o antigo Sanguinhal, apontava para uma vantagem de 2 segundos favorável a Sérgio Silva e ao seu navegador, Fernando Nunes mas o tempo final acabou por contar uma história diferente com Ricardo Carmo e Jorge Diniz a fazerem menos 7 décimas que os seus rivais e a ficarem com o 2º lugar por 1s… No final ambos haveriam de se felicitar pela excelente luta e de confessar que tinham dado o máximo, “tocando em todas as barreiras” e entrando na zona de riscos acrescidos…

Paulo Maciel e Filipe Gouveia foram 6ºs, vencendo o Grupo A e as duas rodas motrizes e mostrando mais uma vez toda a valia que possuem. Henrique Moniz e Pedro Machado com alguns problemas técnicos à mistura, imprimiram andamentos muito fortes e o segundo lugar alcançado limita ao máximo as perdas no campeonato que lideram. Nas 2 rodas motrizes, destaque ainda para a boa exibição de Énio Medeiros e Pedro Castro que voltaram a fazer bons tempos. O autoblocante começou por não funcionar e mais tarde veio mesmo o abandono da dupla que abriu caminho para o pódio de Marco e Tânia Silva que viram assim premiada a sua vinda do Faial até São Miguel onde, como muitos outros pilotos do Faial revelaram que não estavam habituados a troços que são completamente diferentes dos da sua ilha.

Ainda antes de Marco e Tânia Silva na geral, classificou-se outra dupla vinda do canal, neste caso da vizinha ilha do Pico. José Miguel Paula e Miguel Ribeiro assinaram uma prova em que combinaram bons momentos de condução com outros de maior infortúnio em que se contam têtes e furos.

A encerrar a classificação do Campeonato dos Açores ficaram Marco Soares e Adalberto Correia que continuam a evoluir a ainda jovem carreira de Soares.

De entre os desistentes destaque para João Borges e Sandro Laranjo que apesar do desconhecimento do terreno e de problemas no Impreza chegaram a rodar em 6º antes do abandono. Também os homens da chamada F2 tiveram um dia para esquecer, curiosamente no mesmo troço, S. Brás / Vila Franca. Primeiro foi o Clio Ragnotti de Carlos Andrade e Rui Silva a parar na zona inicial do troço para um pouco mais tarde Jão Faria acertar numa pedra com a frente esquerda do Peugeot 206 RC o que viria a provocar a perda da roda poucos kms mais adiante.

 

in Fórmula Rali

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