Os fundos são provenientes de uma bolsa atribuída pela fundação William M. Wood, criada por um magnata da indústria têxtil filho de um baleeiro açoriano.
“A história destes emigrantes já era contada no nosso museu, mas o novo financiamento vai permitir-nos concretizar uma série de projetos que idealizávamos há algum tempo”, disse o presidente do museu, James Russell.
De acordo com Russell, serão privilegiadas quatro áreas, incluindo a melhoria das galerias dedicadas aos emigrantes dos dois arquipélagos que se instalaram nesta zona dos Estados Unidos durante os séculos XIX e XX.
“Durante os meses de março e abril, vamos ter um mestre da ilha do Pico a construir uma réplica de um bote baleeiro que ficará em exposição a partir de maio”, disse James Russell, acrescentando que também está a ser construída uma vigia da baleia, onde serão expostos materiais multimédia, e que “todo o desenho da exposição será melhorado”.
Uma segunda aposta será uma exposição itinerante que acontecerá em 2014 e que visitará entre 10 a 15 cidades, estendendo-se desde o estado de Connecticut, na costa leste, até à cidade californiana de São Francisco.
O museu pretende ainda realizar atividades educativas, com a presença de oradores convidados e intercâmbios de alunos, e desenvolver materiais que possam ser disponibilizados na Internet, à semelhança das listas de tripulações, com mais de 100 mil nomes, que já disponibilizam no seu site.
James Russell diz que o objetivo é “modernizar o papel do museu”, que no século XXI não se deve resumir a “contar como se matavam baleias”.
“Esta história é sobre pessoas, homens que emigraram e se tornaram líderes de uma comunidade. É sobre o sonho americano e força-nos a refletir sobre a forma como este país foi construído”, diz.
Lusa