Mutualista Montepio admite atrasos na votação presencial por “dificuldades técnicas” nos Açores

A Montepio Geral Associação Mutualista admitiu atrasos na votação presencial nas eleições para os órgãos associativos “por razões relacionadas com dificuldades técnicas”, depois de uma denúncia de uma das listas acerca de perturbações nos Açores.

Em comunicado, o “presidente da Mesa da Assembleia Geral do Montepio Geral – Associação Mutualista (MGAM) informa os senhores associados que se verificaram atrasos na abertura de alguns postos de votação presencial por razões relacionadas com dificuldades técnicas”.

Na mesma nota, a associação garante que “as equipas estão a desenvolver todos os esforços no sentido de, ainda esta tarde, serem superadas as dificuldades que ainda subsistem em algumas localidades”.

Fonte oficial da Mutualista Montepio garantiu ainda que “todos os pontos de votação presencial estão a funcionar, incluindo, naturalmente, os pontos de votação presencial nos Açores (Ponta Delgada, Pico e Angra do Heroísmo)”.

A entidade recordou aos associados que “poderão exercer o seu direito de voto de forma simples e em qualquer local com acesso à internet, no telemóvel, computador ou ‘tablet’, através de My Montepio e em montepio.org (consulte todas as informações sobre como e onde votar em www.montepio.org)”.

A Lista D denunciou hoje que as votações nos Açores não estão a funcionar, por falta de meios técnicos, segundo o mandatário Manuel Ramos Lopes.(NOVA VERSÃO PARA CORRIGIR NO SEXTO PARÁGRAFO O NOME DO MANDATÁRIO, QUE É “Manuel Ramos Lopes” E NÃO “Manuel Santos Lopes”)

Em declarações à Lusa, este responsável disse que “neste momento há três locais de votação nos Açores, Pico, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, que era suposto funcionarem hoje e amanhã e não estão a funcionar”.

“Nuns não há computadores, noutros não há ‘router’”, salientou, referindo que “todos os associados, e é um número expressivo, nos Açores estão sem poder votar, o que é uma perturbação e desrespeito para com os associados e nota mais uma vez a total desorganização que a associação mutualista evidencia neste processo”, salientou.

“Não entendemos como é que o material necessário não esta lá. Só se pode votar hoje e amanhã [sexta-feira] e isto é uma perturbação enorme no processo eleitoral”, disse, indicando que há cerca de 25 mil associados nos Açores.

Pela lista D (‘Valorizar o Montepio’) concorre ao cargo de presidente da mutualista Pedro Alves, que atualmente é presidente executivo do Montepio Crédito e administrador não executivo do Banco Montepio.

As eleições para os órgãos associativos da Associação Mutualista Montepio Geral começaram na segunda-feira e decorrem até sexta-feira, concorrendo quatro listas e 252 candidatos no total.

As eleições vão eleger os membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, da Mesa da Assembleia-Geral e da Assembleia de Representantes, para o mandato 2022-2025, da Associação Mutualista Montepio Geral.

A mutualista Montepio tem 600 mil associados e é o topo do grupo Montepio, sendo a sua principal empresa o Banco Montepio. Podem votar nestas eleições cerca de 500 mil associados.

A lista A é encabeçada por Virgílio Lima, que no final de 2019 sucedeu a Tomás Correia, que saiu da presidência da mutualista envolto em polémicas.

A lista B (‘Reconstruir o Montepio’) tem como candidato a presidente Pedro Corte Real, que é professor do departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Pela lista C (‘Mutualismo, Agora Sim’) concorre a presidente da mutualista o economista Eugénio Rosa, que já anteriormente concorreu a listas da oposição à direção da mutualista e nos últimos anos integrou o Conselho Geral (órgão entretanto extinto).

 

 

Lusa

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