No segundo tempo, Ronaldo “brilhou” e, além do golo, a passe de Nani, transformou-se numa dor de cabeça constante para os dinamarqueses, que nunca souberam segurar a irreverência do “capitão” português.
Depois de um arranque de qualificação desastroso, com Agostinho Oliveira ao “leme”, face ao castigo do então seleccionador Carlos Queiroz, o ânimo parece ter regressado à equipa lusa, que surgiu no Dragão mais solta, muito por culpa do jogo feito ao primeiro passe e a aproveitar bem as alas.
Com um meio campo composto por Meireles, Moutinho e Carlos Martins, Portugal – na estreia de João Pereira e no regresso de Pepe a defesa -, sentiu muitas dificuldades, na meia hora inicial, para criar perigo e somente nos pontapés de canto ia criando frenesim.
Foi, por isso, que apenas no aproveitamento de erros adversários a equipa lusa conseguiu os dois primeiros golos: Ronaldo aproveitou uma bola perdida para servir Nani, que, dentro da área e solto de marcação, marcou sem dificuldade, com um remate seco por entre as pernas do guarda-redes Sorensen, que se lesionou no lance.
Depois, aos 31 minutos, apenas dois depois do golo de abertura, Nani rematou forte para um tento de belo efeito, isto após oferta do “capitão” Christian Poulsen.
Portugal saltou para o segundo lugar do grupo, com quatro pontos (com mais um jogo e um ponto que a Dinamarca e atrás da Noruega, que soma por vitórias os três jogos disputados).
Depois dos dois golos de Nani (soma nove ao serviço da principal selecção lusa), Portugal tornou-se mais activo e veloz, relegando a Dinamarca para uma posição de inferioridade, tal o talento individual do “onze” escolhido por Bento.
Ainda assim, e depois de um primeiro aviso aos 10 minutos, os nórdicos deixaram mais um alerta aos 33, mas foi Ronaldo, aos 43, a estar perto do golo, com um remate fortíssimo de fora da área, para defesa de Lindengaard, então já em campo.
Já no segundo tempo, a barra recebeu com estrondo um remate de Ronaldo, que quase ia marcando o terceiro e, se assim fosse, terminaria com beleza uma jogada extraordinária de Coentrão, pela esquerda.
O craque do Real Madrid voltou a acordar os 27 mil espectadores aos 70 minutos, com um remate de livre para grande defesa de Lindegaard, que brilhou de novo na recarga de Martins e, aos 76, novamente Ronaldo a ameaçar os dinamarqueses.
Já perto do final, aos 79 minutos, Ricardo Carvalho foi infeliz e marcou na própria baliza, obrigando Portugal a sofrimento inesperado, que terminou aos 85 minutos, com o golo merecido de Ronaldo, a passe do inevitável Nani.
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