O secretário-geral da NATO disse hoje que a Aliança Atlântica, que intervém no Afeganistão desde 11 de setembro de 2001, a pedido de Washington, nunca deixará aquele país “tornar-se novamente um santuário para terroristas”.
“O nosso objetivo é garantir que o Afeganistão nunca mais se torne um santuário para os terroristas que atacariam os nossos próprios países”, disse Jens Stoltenberg em comunicado.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou na segunda-feira à noite a retirada dos Estados Unidos do Afeganistão, abrindo a possibilidade de enviar tropas adicionais.
“O meu instinto era retirar, e normalmente eu sigo o meu instinto”, disse Trump, a partir da base norte-americana em Fort Myer, no sudoeste de Washington. Mas depois de uma análise, “sob todos os ângulos”, do Afeganistão, o Presidente norte-americano concluiu que uma retirada ia criar um “vazio” que iria beneficiar os “terroristas”.
Cerca de 2.400 soldados norte-americanos morreram no Afeganistão desde 2001, e mais de 20.000 ficaram feridos.
O secretário da Defesa norte-americano, Jim Mattis, disse, num comunicado divulgado após o discurso de Trump, que as tropas no Afeganistão vão ser reforçadas.
Segundo responsáveis da Casa Branca, Donald Tump autorizou o Pentágono a destacar até 3.900 soldados adicionais.
“Vou consultar o secretário-geral da NATO e os nossos aliados, muitos dos quais também se comprometeram a aumentar o número de soldados destacados”, disse Jim Mattis no comunicado.
Atualmente 8.400 militares norte-americanos estão destacados no Afeganistão. Os Estados Unidos chegaram a ter 100.000 tropas no país durante a administração de Barack Obama, em 2010-2011.
Lusa