O Governo Regional anunciou que rescindiu o contrato com os estaleiros de Viana do Castelo e que o navio Atlântida já não vem para os Açores.
Em conferência de imprensa, Vasco Cordeiro indicou que foram transmitidas orientações para que sejam desencadeados “os procedimentos necessários para accionar as garantias bancárias prestadas pela Estaleiros Navais de Viana do Castelo S.A. a favor da Atlânticoline S.A., de forma a esta receber os montantes por si já pagos” e que totalizam cerca 31,7 milhões de euros.
O secretário da Economia acrecentou que a decisão do Governo dos Açores foi tomada na sequência de contactos da Atlânticoline, SA com a empresa Estaleiro Navais de Viana do Castelo S.A. que comprovaram que, a 13 de Maio, data do início da operação de transporte marítimo de passageiros, o navio não estará em condições de atingir a velocidade mínima que o contrato considera aceitável.
As alterações propostas pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo para ultrapassar esta situação, “para além de questões de carácter técnico sobre a sua eficácia para a resolução do problema e impacto nos custos de exploração futura do navio”, levariam a que fossem necessários “mais sete a nove meses para serem concretizadas”, explicou.
Vasco Cordeiro salientou que as orientações à Atlânticoline só poderiam, para uma cabal defesa dos interesses da Região, ser dadas hoje, após a devida análise técnica e jurídica das propostas dos estaleiros.
A empresa responsável pelo transporte marítimo inter-ilhas de passageiros foi também instruída para que sejam tomadas as medidas necessárias e adequadas a garantir que o início da operação continue a ocorrer a 13 de Maio do corrente ano, indicou.
Esta decisão suscitou já reacções por parte dos partidos da oposição, que se pronunciaram a favor da rescisão, não deixando no entanto de levantar criticas ao governo pelo modo como conduziu todo este processo.