O navio, encomendado pelo Governo dos Açores terminou os testes de mar sem ter conseguido atingir os 19 nós de velocidade, a 75 por cento da potência, como pretendia o Executivo da Região.
O máximo que a embarcação conseguiu alcançar foi de 16,5 nós, a 85 por cento da potência, ou seja, uma velocidade inferior à contratualizada, e sem recurso a um maior esforço das máquinas.
O navio recebeu um reforço de estrutura e viu aumentado o seu calado, o que o tornou mais seguro, mas, por outro lado, também mais lento, como agora ficou demonstrado nos testes de mar.
A velocidade do navio é uma das exigências fundamentais do caderno de encargos, uma vez que o contrato determina que o dono da embarcação está obrigado a recebê-lo, se a velocidade máxima atingir, pelo menos, 18 nós.
Abaixo desse valor, o Executivo açoriano não é obrigado a aceitar o barco e pode mesmo, em termos legais, rescindir o contrato com o construtor.
O Governo dos Açores e a AtlanticoLine, a empresa de capitais públicos que ficará responsável pela gestão do navio, continuam sem garantir que o ” Atlântida ” estará operacional no dia 13 de Maio, depois de, devidamente, certificado pelo Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos ( IPTM ).
O último relatório do Instituto, concluído a 5 de Fevereiro, apontava ainda cerca de uma centena de falhas que o construtor terá que alterar, antes de entregar o navio ao Governo açoriano.
O Gabinete do secretário regional da Economia diz, apenas que não tem ainda conhecimento oficial dos resultados dos testes de mar efectuados pela embarcação.