Navio recolhe 200 passageiros de voos da SATA retidos na ilha Terceira

O Governo dos Açores decidiu enviar esta terça-feira à ilha Terceira o navio Express Santorini para recolher cerca de 200 passageiros de dois voos da SATA que na segunda-feira não puderam aterrar em Ponta Delgada devido às condições meteorológicas. 

Fonte oficial do Governo Regional dos Açores explicou à agência Lusa que os dois voos, procedentes de Lisboa e de Arlanda, na Suécia, foram desviados para a Terceira na segunda-feira porque as condições climatéricas não permitiram a aterragem em Ponta Delgada.

Os cerca de 200 passageiros dos dois aviões deveriam ser transportados hoje, via aérea, para Ponta Delgada, o que não será possível por causa da greve dos trabalhadores da SATA que arrancou à meia-noite, acrescentou.

Assim, disse a mesma fonte, o Governo Regional decidiu “antecipar a operação de 2013 da Atlânticoline”, a empresa pública que assegura o transporte marítimo de passageiros e automóveis entre as ilhas dos Açores nos meses da primavera e do verão, e enviar o “Express Santorini” à Terceira para recolher aquelas pessoas e transportá-las para Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

A operação de 2013 da Atlânticoline deveria arrancar na próxima semana, no início de maio, coincidindo com as festas do Santo Cristo, a maior celebração religiosa dos Açores.

O navio levará um pouco mais de cinco horas a chegar à Terceira, fazendo depois a viagem de regresso com os passageiros daqueles dois voos da SATA a bordo, disse a mesma fonte.

Cinco sindicatos convocaram uma greve na transportadora aérea açoriana dividida por dois períodos. O primeiro arrancou às 00:00 de hoje e termina na quinta-feira, 25 de abril.

A segunda fase da paralisação está convocada para 2, 3 e 4 de maio.

A greve foi convocada pela não aplicação na SATA de um acordo que os mesmos sindicatos assinaram com a administração da TAP com vista a evitar cortes salariais entre os 3,5% e os 10% previstos no Orçamento do Estado de 2013.

O Governo Regional dos Açores, que tutela a SATA, recusa aplicar o acordo afirmando que no caso da companhia aérea açoriana só seria possível fazê-lo violando a lei do Orçamento do Estado.

 

Lusa

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