“A Unidade de Neonatologia foi fundada há 20 anos e o material está a findar a sua existência. Precisa de incubadoras”, afirmou Pereira Duarte em declarações aos jornalistas, acrescentando que o investimento que propôs “está todo condicionado a haver dinheiro”.
Este responsável hospitalar manifestou “grande apreensão” com o destino do setor da saúde na região, apontando como exemplo a abertura de uma maternidade na ilha do Pico, que considerou “um perfeito disparate”.
Pereira Duarte, que falava à margem da inauguração da sala de admissão de Pediatria, alertou para a possibilidade de se “atingir uma situação de rutura”, já que o material da unidade neonatal tem duas décadas.
Por seu lado, Margarida Moura, presidente do Conselho de Administração do Hospital de Ponta Delgada, afirmou que está a aguardar o Plano de Investimentos da SAUDAÇOR para resolver o problema.
“As verbas do plano de investimento são de 1,5 milhões de euros e, dentro desse valor, será alocada à Neonatologia a verba necessária para ir progressivamente substituindo as incubadoras”, frisou.
A Urgência Pediátrica do Hospital de Ponta Delgada, que abriu há precisamente um ano, mereceu um balanço positivo do diretor do Serviço de Pediatria, alertando, no entanto, para os problemas que poderão resultar do encerramento do Serviço de Atendimento Urgente (SAU) de Ponta Delgada, previsto para julho.
A preocupação de Pereira Duarte resulta do facto de 30 por cento dos doentes observados no SAU serem de Pediatria, o que poderá implicar um aumento de atendimentos na urgência especializada.
O combate à mortalidade infantil foi também referido por este responsável, revelando que está a ser estudada a abertura no Hospital de Ponta Delgada de “uma Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente com um Posto de Cuidados Intensivos Pediátricos para tentar diminuir a mortalidade nos Açores”.
Lusa
