“Há já quase um mês que o PSD anunciou as suas medidas e sabe onde vai buscar 21 milhões de euros para atenuar e para que estas medidas tenham um impacto próximo do zero aqui nos Açores”, afirmou Berta Cabral aos jornalistas, numa reação às novas medidas de austeridades anunciadas esta tarde pelo Ministro das Finanças.
À chegada a Ponta Delgada, Berta Cabral, que concorre à presidência do Governo Regional nas eleições de 14 de outubro, desafiou o candidato socialista, Vasco Cordeiro, a indicar quais as medidas que propõe para minimizar o impacto das novas medidas de austeridade nas ilhas.
“O que pergunto é o que é que o candidato do Partido Socialista fez ao longo deste tempo e que medidas é que anuncia ou anunciou para minimizar este impacto?”, questionou Berta Cabral, acrescentando que as medidas de contenção do PSD contemplam cortes nos vencimentos dos políticos, numero de deputados e secretários regionais e despesas supérfluas.
Para a líder social-democrata o que há a fazer no arquipélago neste momento é “exercer as prerrogativas que a autonomia permite, para defender os açorianos e os proteger dessas medidas que o país tem de lançar por razões que todos conhecemos e que têm a ver com a governação do engenheiro Sócrates e governação socialista”.
Sem se comprometer com a promessa de não aumentar impostos, Berta disse que” está em condições de dizer aos açorianos que vai tomar medidas que os compensem dos impactos negativos das medidas nacionais”.
O Governo da Republica vai repor um subsídio aos funcionários públicos e 1,1 subsídios aos pensionistas e reformados, sendo esta reposição compensada nas contas do estado com aumentos em vários impostos, afirmou hoje o ministro das Finanças, Vitor Gaspar.
Entre os aumentos de impostos está, por exemplo, uma sobretaxa extraordinária em sede de IRS em 2013 à semelhança do que aconteceu em 2011 (com o corte de metade do valor do subsídio de Natal acima do ordenado mínimo nacional), e ainda um aumento efetivo do IRS através da redução de escalões.
Lusa
