A Carta de Ocupação de Solos dos Açores 2018 permitirá obter “informação com maior atualização e detalhe, indispensável para suportar a elaboração, alteração, revisão e avaliação dos instrumentos de gestão territorial, bem como de outros instrumentos de planeamento”, salientou esta segunda-feira a Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo, para quem esta é “mais uma ferramenta fundamental para o conhecimento do nosso território e da dinâmica da sua ocupação, aspetos indispensáveis no processo de ordenamento do território, bem como no apoio à gestão dos recursos naturais, ao desenvolvimento de estudos ambientais e à programação de infraestruturas e equipamentos”.
Segundo Marta Guerreiro, “a atualização da Carta de Ocupação do Solo permite-nos conhecer o território com maior detalhe do que aquele que foi obtido com a versão de 2007, ao mesmo tempo que disponibiliza informação sobre a ocupação do território em diferentes períodos temporais, permitindo a comparação e a consequente perceção das alterações ocorridas, identificando as respetivas dinâmicas”.
“Esta cartografia, disponibilizada, a partir de hoje, no Portal do Ordenamento do Território dos Açores, representa unidades de ocupação do solo com três níveis de detalhe temático, compostos por cinco mega classes, 10 classes e 29 subclasses, respetivamente”, referiu.
Por outro lado, a titular da pasta do Ambiente salientou que, em termos globais, mostra que “os padrões de ocupação descritos na anterior Carta não foram alterados, continuando a ser notória a instalação dos tecidos urbanos junto das zonas costeiras e a forte presença de áreas agrícolas entre estas zonas e a parte mais alta das ilhas, que, por sua vez, são ocupadas essencialmente por floresta”.
“Considerando os dados da nova Carta, pode afirmar-se que a classe Agricultura é a dominante na Região, com preponderância de pastagens, sendo as Florestas a segunda maior ocupação, em que as folhosas se destacam, seguidas da vegetação herbácea natural e de resinosas. Por sua vez, as Zonas Húmidas e os Territórios Artificializados têm uma expressão residual”, adiantou.
A primeira Carta de Ocupação do Solo dos Açores data de 2007 e foi produzida à escala de 1:50.000, a partir de imagens de satélite de 2000 a 2003.
“Tendo em consideração a dinâmica do território e com o objetivo de refletir a realidade atual, o Governo dos Açores decidiu proceder à elaboração desta nova Carta, produzida à escala de 1:25.000, a partir de imagens de satélite de 2015 e 2016”, afirmou Marta Guerreiro.
“As sociedades atuais estão sujeitas a uma enorme pressão no uso e ocupação do solo e a nossa Região não é exceção, pelo que a existência de uma base de dados com esta temática é de extrema importância para o entendimento da dinâmica do território”, reforçou a Secretária Regional.