O Secretário Regional do Turismo e Transportes afirmou hoje que o desenvolvimento do Turismo está dependente de “medidas e políticas” que permitam a sustentabilidade desta atividade e, por essa via, a “sustentabilidade das empresas direta ou indiretamente relacionadas”.
“No âmbito destas medidas está, como não podia deixar de ser, o transporte aéreo, como pilar fundamental e insubstituível da acessibilidade a qualquer destino e, por maioria de razão, aos Açores, enquanto região insular”, salientou Vítor Fraga, numa intervenção no encerramento do Fórum Turismo 2014, promovido pela Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada.
Na sua intervenção, Vítor Fraga recordou o processo de revisão das Obrigações de Serviço Público do Transporte Aéreo e a sua previsível entrada em vigor no início do próximo verão IATA.
“O Governo dos Açores aguarda com expetativa esse momento porque sabemos que ele trará, garantidamente, novas oportunidades ao nível da captação de novos segmentos de mercado que, como esperamos, podem dar um significativo contributo para o incremento de fluxos turísticos na nossa Região”, afirmou.
Vítor Fraga salientou, por outro lado, que este modelo trará “grandes desafios ao Grupo SATA”, mas garantiu que o Executivo regional “está, agora que foi alcançado o acordo com a República, totalmente disponível para, como acionista e dentro das regras deste novo modelo, apoiar a companhia, que tem ainda um importante papel a desempenhar no processo de desenvolvimento e de progresso da nossa Região”.
Para Vítor Fraga, se a questão do transporte aéreo é “central para o desenvolvimento do Turismo dos Açores”, é também preciso que todos, entidades públicas e privadas, tenham a consciência de que os desafios deste setor não se esgotam nesta matéria.
“A qualificação e valorização da nossa oferta, criando fatores diferenciadores, onde a singularidade de cada uma das nossas nove ilhas esteja sempre presente, na perspetiva de nos afirmarmos como um destino único, distante da comparação direta com tantos outros destinos, é essencial”, defendeu o Secretário Regional.
“Temos de saber vender, cada vez melhor, os Açores nos mercados emissores, mas também dentro de portas, através da consolidação de um critério do qual nunca nos poderemos desviar um milímetro que seja: a qualidade”, acrescentou. Para Vítor Fraga, “é este critério, associado a uma capacidade permanente de perceber a evolução das tendências da procura, que faz verdadeiramente a diferença nos destinos turísticos que conseguiram vingar, ainda mais quando nos temos de balizar pelos parâmetros e qualidade europeus, dos mais exigentes do mundo”.
O Secretário Regional considerou que existe “uma grande margem de progressão ao nível da qualidade dos serviços prestados” a quem visita os Açores, salientando que esta é uma área que deve merecer atenção e esforços permanentes, nomeadamente na qualidade no atendimento ao nível dos diversos serviços, quer estejam direta ou indiretamente ligados ao setor.
Nesse sentido, frisou que receber bem é “sinónimo de desenvolvimento económico, de geração de riqueza, ou seja, de preservação e criação postos de trabalho”. Para 2015, o Governo dos Açores reserva cerca de 22,6 milhões de euros para a promoção e desenvolvimento do Destino Açores, sendo as principais prioridades o aumento da notoriedade do destino, junto dos principais mercados emissores, associado diretamente à captação de fluxos turísticos, bem como a prossecução da aposta continuada na diversificação e qualificação da oferta.