Novas empresas constituídas caem 5,1% e insolvências sobem 18%

As novas empresas criadas até final de fevereiro em Portugal diminuíram 5,1% em termos homólogos, para 9.704 unidades, enquanto as insolvências mantiveram a tendência ascendente do último ano e aumentaram 18%, segundo o barómetro Informa D&B, hoje divulgado.
A construção foi o único setor em que se criaram mais empresas face ao período homólogo, com um total de 1.269 constituições, o que representa um crescimento de 8,9% (+104 constituições), verificado sobretudo nas regiões Norte e Centro do país, aponta o barómetro.
Já todos os outros setores de atividade apresentaram uma descida no nascimento de empresas e outras organizações, destacando-se o dos transportes (o setor que mais cresceu nos dois últimos anos) e o dos serviços empresariais (que foi o que registou maior número de constituições de empresas).
De acordo com o barómetro, estes dois setores registaram, respetivamente, menos 238 constituições (-20%) e menos 138 constituições (-7,9%) face ao período homólogo de 2023.
Analisando a distribuição geográfica das novas empresas criadas, verifica-se que a descida é transversal a todas as regiões, com exceção da região Norte e dos Açores.
No Norte, o número de constituições cresceu 31% (+92 constituições), com as novas empresas a concentrarem-se sobretudo nos setores da construção, serviços gerais e retalho. Nos Açores, o crescimento foi de 6,9%.
Por sua vez, até final de fevereiro 374 empresas iniciaram um processo de insolvência, mais 18% (+58 processos de insolvência) do que no período homólogo, “mantendo assim a tendência de crescimento que se verificou no último ano neste fenómeno”.
Segundo a Informa D&B, esta subida é concentrada no setor das indústrias (+58 processos de insolvência, +88%), com destaque para as indústrias do têxtil e moda.
No que se refere aos encerramentos, desceram 20% nos dois primeiros meses do ano, com um total 1.879 empresas e outras organizações a fecharem portas, sendo que os serviços empresariais, retalho e alojamento e restauração se destacaram como os setores mais afetados (existindo ainda publicações a ser efetuadas pelo Registo Comercial).
De referir que os anos de 2022 e 2023 terminaram com um crescimento, ainda que ligeiro, dos encerramentos de empresas, de +3,3% e +3,9%, respetivamente.

 

 

Lusa

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here