Duas novas sondagens divulgadas hoje dão vantagem à presumível candidata democrata Hillary Clinton sobre o potencial candidato republicano Donald Trump na corrida presidencial nos Estados Unidos.
Se a eleição fosse realizada hoje, 51% dos eleitores inquiridos votariam em Hillary Clinton, contra os 39% que optariam por Donald Trump, segundo uma sondagem divulgada pelo jornal The Washington Post e o canal de televisão ABC News.
Esta sondagem foi realizada entre segunda e quinta-feira da semana passada e contou com a participação de 836 eleitores registados. A margem de erro é de quatro pontos percentuais.
Outra sondagem, divulgada pelo Wall Street Journal e o canal NBC News, também dá uma vantagem a Clinton, mas menos expressiva.
De acordo com a sondagem, a ex-secretária de Estado registou 46% de apoio, enquanto o magnata do imobiliário consegue 41%.
Os dois candidatos ficam quase empatados, Clinton com 39% e Trump com 38%, quando é incluído um potencial terceiro candidato (de outra força partidária ou independente).
A sondagem envolveu uma amostra de 1.000 eleitores registados e foi realizada entre segunda e quinta-feira da semana passada. Tem uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais.
Estas sondagens são divulgadas após um mês particularmente difícil para Donald Trump.
O empresário, que nunca assumiu um cargo político, despediu o seu diretor de campanha e enfrentou as críticas de má gestão de uma campanha que terminou o mês de maio com apenas 1,3 milhões de dólares (cerca de 1,1 milhões de euros) “em caixa”.
No final do mesmo mês, os cofres da campanha de Clinton tinham 42 milhões de dólares (cerca de 37 milhões de euros).
Os processos por fraude contra a extinta Universidade Trump e as críticas ferozes feitas contra o juiz federal de origem mexicana que está a supervisionar o caso também abalaram a campanha do multibilionário.
O magnata envolveu-se em outra polémica quando após o tiroteio numa discoteca gay em Orlando (Florida), que fez dezenas de mortos, agradeceu nas redes sociais às pessoas que o felicitaram por “estar certo sobre o terrorismo islâmico radical”.
Ainda nas últimas semanas, o candidato republicano decidiu proibir a presença dos jornalistas do The Washington Post nas suas ações de campanha.
De acordo com a sondagem do jornal The Washington Post/ABC News, dois em cada três americanos considera Trump como inapto para liderar a nação e estão preocupados com a ideia de ter um presidente que faz comentários controversos sobre as mulheres, as minorias e os muçulmanos.
Apesar de a sondagem dar a Clinton uma vantagem de dois dígitos, a maior desde o outono e um crescimento significativo em relação à anterior sondagem que dava um empate estatístico entre os dois candidatos, os inquiridos também revelam algum desconforto com a possível eleição da antiga secretária de Estado.
A maioria desaprova como Hillary Clinton lidou com a polémica dos ’emails’. Na altura em que era a chefe da diplomacia americana, entre 2009 e 2013, usou um servidor privado para enviar e receber ’emails’, vários de teor oficial.
Os Partidos Democrata e Republicano realizam em julho as convenções nacionais que vão oficializar os respetivos candidatos presidenciais.
As eleições gerais presidenciais norte-americanas estão agendadas para 08 de novembro deste ano.
Lusa
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