Noventa terrenos ocupados por hortas comunitári​as nos Açores

O Governo dos Açores já cedeu 90 talhões de terreno para criação de hortas comunitárias, todos na ilha de S. Miguel, uma resposta às necessidades das famílias em tempos de crise e que desenvolve o espírito de comunidade.
A secretária regional da Solidariedade Social, Piedade Lalanda, explicou que “as 90 parcelas de terreno” pertencem à região, mas “foram cedidas, a titulo gratuito”, para que as pessoas as possam cultivar com produtos hortícolas, contando a iniciativa com o envolvimento dos moradores dos loteamentos onde elas são criadas, das casas do povo e das juntas de freguesia.
Atualmente existem hortas comunitárias na Maia e em São Pedro, concelho da Ribeira Grande, e mais recentemente foi celebrado um protocolo com a junta de freguesia dos Ginetes para a cedência de um terreno, mas a intenção do executivo é estender este projeto a outras localidades e ilhas.
“Há mais terrenos que esperamos pôr ao serviço noutras freguesias e noutras comunidades e que poderão ser utilizados havendo parceiros que podem ser associações de jovens, casas de povo ou juntas de freguesias”, sublinhou a secretária regional, indicando que “em breve” vai ser assinado um protocolo para criar uma horta comunitária nos Arrifes, na zona dos Milagres, em São Miguel.
No caso dos Ginetes, a horta está instalada “num terreno que estava destinado a urbanização”, enquanto que na Maia “são parcelas sobrantes de um loteamento” e os seus utilizadores são sobretudo os residentes, segundo a governante, indicando que “na maioria dos casos são as pessoas que utilizam esta parcela” que lhes é cedida, em protocolo com instituição parceira, como se fosse a sua própria horta doméstica.
“Eles é que escolhem os plantios e têm que cuidar deste espaço”, frisou Piedade Lalanda, destacando a mais valia do projeto, já que a produção hortícola pode contribuir para a redução de despesas, mas reintroduz também na vida das freguesias um espaço de comunidade, redescobrindo a relação com a terra e com o espaço agricola.
Mas as hortas comunitárias têm permitido desenvolver também, em São Miguel, outro tipo de competências, nomeadamente a ocupação de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), que será feito no caso dos Arrifes.
“Haverá a oportunidade de desenvolver o programa Fios em parceria com o Emprego que inclui ocupação de pessoas beneficiaras do RSI que poderão assim adquirir competências na área do trabalho agrícola e adquirirem posteriormente a sua própria parcela de terreno e contirbuírem para o rendimento familiar”, acrescentou.

 

Lusa

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