Os interessados em história da baleação nos Estados Unidos e nos Açores podem visitar a partir desta semana, a “Casa dos Botes Discovery Center”, em New Bedford, um novo centro interativo para as famílias que honram a herança açoriana.
Num espaço com cerca de 300 metros quadrados, integrado no Museu da Baleação da cidade, os visitantes podem experimentar oito estações interativas.
É possível, por exemplo, subir a bordo de um bote baleeiro, chamado Pico, remar no bote ou procurar baleias no oceano com binóculos.
Existe também a reconstrução do convés de uma baleeira americana, dormitórios incluídos, onde as crianças podem içar as velas, usar o leme ou tentar levantar um barril cheio de óleo.
O novo centro custou dois milhões de dólares (cerca de 1,8 milhões de euros). O maior contributo veio da William M. Wood Foundation, mas a comunidade portuguesa também contribuiu com doações de dinheiro e materiais para a exposição.
Na entrada do espaço existe uma placa criada por artesãos da Fábrica de Cerâmica Vieira, da ilha açoriana de São Miguel, que representa uma regata de botes baleeiros no porto da Horta, no Faial, com a ilha do Pico no fundo.
Segundo o museu, cada atividade está desenhada para incluir conteúdos sobre ciência, matemática, engenharia, comunicação e ajudar a desenvolver competências criticas.
“Esperamos que seja um grande sucesso e que proporcione horas de entretenimento para as famílias durante os meses frios de inverno ou quentes de verão, enquanto aprendem uma coisa ou outra sobre história marítima”, disse o presidente do museu, James Russel, citado pelo “O Jornal” de Fall River.
O centro foi construído na antiga Casa dos Botes, o local onde em 1997 membros da comunidade portuguesa construíram pela primeira vez botes baleeiros dos Açores nos EUA.
“Isso torna o local muito especial. Queríamos honrar esse facto. Trabalhando com o comité português, desenhámos este centro de descoberta onde as crianças podem aprender sobre a grande herança, cultura e legado dos baleeiros açorianos, enquanto se divertem um pouco”, explicou James Russel.
Lusa