“Pensamos que em meados do próximo ano haverá um novo Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores, que será não uma rutura, mas uma adaptação às circunstâncias”, declarou Mário Mota Borges.
O titular da pasta do Turismo falava aos jornalistas depois da assinatura de um contrato-programa entre a Secretaria Regional dos Transportes, Turismo e Energia e a Associação de Turismo dos Açores (ATA), para o desenvolvimento da promoção e animação turísticas em 2021.
O governante disse que vai ser seguido o Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores “que ainda está em vigor, mas em revisão”, que permitirá que “se ajuste o que era a visão passada do turismo e promoção no exterior”.
Mário Mota Borges considerou que o executivo regional está com “grandes expectativas relativamente àquele que vai ser o ajustamento da promoção dos Açores ao novo contexto internacional”, bem como ao Programa do Governo, que é a “cartilha de ação para o próximo ano”.
Ainda segundo o secretário Regional, os mercados tradicionais “não serão esquecidos” no contrato-programa”, sendo “prioritários aqueles que foram no passado e, neste capítulo, “o americano naturalmente fará parte”.
O governante disse ainda que aguarda que “haja estabilização na relação entre a Europa e a América no que toca ao passaporte verde e a possibilidade de fluxos” entre ambas as partes.
Por outro lado, acrescentou, pretende-se “privilegiar o turismo de natureza e sustentável” nos Açores.
Mário Mota Borges referiu ainda que o contrato-programa agora celebrado é de 2,8 milhões de euros, pelo período de um ano, valor que considerou adequado, embora superior ao celebrado anteriormente, admitindo um novo reforço financeiro “em função das circunstâncias”.
O presidente da ATA, Carlos Morais, também em declarações aos jornalistas, considerou que os mercados estratégicos a trabalhar serão aqueles que “têm ao longo dos últimos anos dado uma maior valia à economia dos Açores”, como o alemão, suíço, espanhol, para além do inglês, americano e canadiano.
Carlos Morais salvaguardou que existe ainda o mercado nacional, que “está no fundo a colmatar muito a grande dificuldade de 2020”, manifestando a esperança que, em 2021, “ter-se-á “números interessantes quer de dormidas, quer de hóspedes nos meses de julho e agosto”.
Lusa