“Aquilo que podemos dizer é que o perfil, ‘à priori’, serve perfeitamente aquilo que a SATA necessita para a sua parte executiva. O que nos compete fazer é desejar as maiores felicidades ao novo presidente e esperar que ele encontre boas condições para repor a SATA no caminho que se pretende para o futuro dos Açores”, avançou à agência Lusa Mário Fortuna, que falava em Ponta Delgada à margem da inauguração do Complexo Industrial da Finançor.
O presidente da CCIPD considerou ser “importante” não “se especular relativamente a nada para o futuro” da empresa, assinalando que a SATA precisa de “uma boa política de comunicação para o exterior”.
“Espera-se que ele mantenha uma boa política de comunicação com o exterior porque as características da SATA exigem isso: uma empresa de características públicas, que esteve envolvida num período problemático e que precisa de uma boa comunicação para que as pessoas fiquem tranquilizadas quanto ao futuro”, apontou Mário Fortuna.
O líder dos empresários de Ponta Delgada apontou que o futuro da empresa irá necessitar de “políticas bastante incisivas” para ter “condições” de servir a região.
“O futuro da empresa naturalmente há de necessitar de políticas bastante incisivas, eventualmente duras em algumas circunstâncias, mas acho que é isso que se pretende. Que se tenha daqui a uns anos uma empresa em condições de continuar a servir os Açores”, vincou.
Na quinta-feira, o Governo Regional dos Açores anunciou Luís Rodrigues, antigo administrador da TAP, como o nome escolhido para liderar a companhia área açoriana, após o anterior presidente, António Gomes Teixeira, ter resignado ao cargo.
Luís Rodrigues foi, entre junho de 2009 e dezembro de 2014, administrador executivo na ‘holding’ TAP SGPS e da TAP S.A (negócio da aviação), foi também presidente do conselho de administração da TAP Manutenção e Engenharia Brasil e administrador executivo na empresa SPdH – Serviços Portugueses de Handling, S.A.
Em 2018, a SATA registou um prejuízo de 53,3 milhões de euros, um agravamento de 12,3 milhões face ao ano de 2017.
A empresa prepara atualmente um novo concurso para privatizar 49% da Azores Airlines – ramo da SATA que opera de e para fora do arquipélago -, após o primeiro ter sido cancelado devido à divulgação de informação tida por sensível.
Lusa