O Governo dos Açores quer evitar um “vazio” entre o atual e o próximo quadro comunitário de apoio no que concerne a candidaturas ao sistema de incentivos públicos, que vão passar a privilegiar a criação de postos de trabalho.
O vice-presidente do executivo açoriano, Sérgio Ávila, reuniu hoje, no Faial, com a direção da Câmara do Comércio da Horta, justamente para apresentar o novo sistema de incentivos que vai vigorar a partir de 2014 nos Açores.
“Nós vamos iniciar agora o trabalho correspondente à nova geração de sistema de incentivos que irá corresponder ao período de programação 2014-2020. O primeiro objetivo é assegurar que não existirá um vazio na apresentação de candidaturas entre um quadro comunitário e outro”, referiu Sérgio Ávila, aos jornalistas.
O vice-presidente do executivo açoriano tem como segundo objetivo garantir que o sistema de incentivos regional tenha como “prioridade absoluta a valorização das empresas em função da sua capacidade de criar e promover emprego”.
“O grande desafio que se coloca aos Açores é a capacidade de a iniciativa privada gerar postos de trabalho e o apoio que deve ser dado ao investimento privado deve ser não em função do seu montante de investimento corpóreo mas sim do emprego duradouro”, declarou.
O vice-presidente do Governo dos Açores citou um estudo conhecido esta semana sobre a capacidade de criar empresas para referir que a região foi, entre outubro de 2012 e outubro de 2013, a parcela do país com “maior capacidade de renovar o seu tecido empresarial”.
“Por cada empresa que fechou abriram 3,7 empresas. Ou seja, quase quatro vezes mais, o que significa que estamos a assistir nos Açores, neste momento, a um fenómeno muito significativo de capacidade de criar novas empresas, desenvolver o empreendedorismo”, disse Sérgio Ávila.
O vice-presidente do executivo açoriano considera ser “importante dar condições e orientar essas novas empresas para terem a capacidade de gerar emprego, fazer um aumento da sua qualificação empresarial e, particularmente, da sua competitividade”.
O presidente da Câmara de Comércio da Horta, Humberto Goulart, por seu turno, disse à Lusa que Sérgio Ávila referiu que o novo quadro comunitário vai ser trabalho o “mais rapidamente possível”, tendo como eixo principal a criação de postos de trabalho.
“Todo o apoio será muito direcionado para o turismo e para as novas empresas e a criação de postos de trabalho, sendo que o novo quadro comunitário, como tem um valor maior, pode ser interessante para a nossa economia”, referiu.
Lusa