O desemprego ultrapassa a barreira das 600 mil pessoas no país, 6 mil dos quais na Região Autónoma dos Açores.
Em setembro, eram 150 os desempregados licenciados inscritos nos três Centros de Emprego da Região Autónoma, mas, a maioria regressou ao ensino superior com o patricínio do Governo, segundo confirmou à Antena 1/Açores o director do Emprego e Formação Profissiona, Rui Bettencourt.
Esta é uma forma do Executivo tentar controlar os números do desemprego nos Açores, que, depois de ter diminuído no verão, devido à maior oferta na área do Turismo, já voltaram a subir.
Relativamente aos 6 mil desempregados, quase 600 estão à procura do primeiro emprego, enquanto os outros 5.500 já trabalharam e procuram, agora, um novo posto de trabalho.
O Governo dos Açores procura minimizar os números do desemprego com vários programas de intervenção, mas que não contam para a estatística.
A “Rede Valorizar”, que corresponde ao programa “Novas Oportunidades”, está a receber desempregados: há 800 envolvidos no programa “Estagiar” e vários programas de reconversão em curso que custam ao Governo cerca de 8 milhões de euros, só este ano.
Rui Bettencourt afirma que na Região, entre os 6 mil desempregados, são pouco mais de 1.000 os jovens até aos 35 anos de idade à procura de emprego, quando, na média do país, o desemprego jovem começa a preocupar.
Igualmente, mais baixa do que a média do país é o desemprego de longa duração nos Açores: pior estão as qualificações dos desempregados açorianos, porque, 70% não concluíram o 9º. ano de escolaridade.
Estes são números do Instituto Nacional de Estatística – os Açores tinham, no final de Outubro, 6 mil e 30 desempregados e 112 mil pessoas no mercado de trabalho.
RTP/A