Número de mortes em incêndios aumenta para 36, sete pessoas desaparecidas

incendioO número de mortes ocorridas devido aos incêndios florestais que lavram no país desde domingo aumentou para 36, anunciou hoje a Autoridade Nacional de Proteção Civil, indicando que estão desaparecidas sete pessoas.
Mais de cinco mil operacionais combatiam hoje, às 15:30, 141 incêndios no norte e centro do país, apoiados por 1.600 meios terrestres e três meios aéreos, segundo a página da internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Segundo o ‘site’ da ANPC, às 15:30 estavam no terreno 5.493 operacionais e 1.644 meios terrestres, além dos três meios aéreos.

À mesma hora, a Proteção Civil contava 15 ocorrências importantes: cinco no distrito da Guarda, quatro no distrito de Coimbra, três em Viseu, uma em Leiria, uma em Castelo Branco e outra em Aveiro.

O incêndio que mobilizava mais meios lavrava em Lousã, no distrito de Coimbra, afetando as freguesias de Lousã e Vilarinho.

No local, a combater duas frentes ativas, encontravam-se 694 operacionais, 206 meios terrestres e um meio aéreo.

Coimbra é também o distrito do país que reunia mais meios pelas 15:30, para combater 13 ocorrências.

Aquele distrito registava 1.246 operacionais, apoiados 376 veículos e um meio aéreo.

Do total de 141 ocorrências, 50 encontravam-se em curso, 20 em resolução e 71 em conclusão.

Os distritos que registam mais incêndios são o Porto e Viseu. As chamas nestes dois distritos estavam a ser combatidas ao início da tarde por 968 homens e mulheres, apoiados por 291 veículos.

Já no distrito da Guarda, que contabiliza 10 ocorrências, o incêndio que mobilizava mais meios afeta o concelho de Seia, freguesia do Sabugueiro, e estava a ser combatido por 294 operacionais e 91 meios terrestres.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 36 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e cerca de 250 feridos.

 

 

Açores 24Horas / Lusa

 

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