O deputado do PSD/Açores João Bruto da Costa afirmou esta quarta-feira, que o Partido Socialista “devia pôr a mão na consciência” com os números da pobreza na Região, em vez de fazer discursos “que não correspondem à realidade”.
“A região que o PS pinta não é a região onde vivem os açorianos. Um em cada três açorianos vive em risco de pobreza. Ponham a mão na consciência. Olhem para a situação dos sem-abrigo e daqueles que não conseguem ter sucesso, exclusivamente por culpa deste socialismo”, afirmou o social-democrata, na Assembleia Legislativa dos Açores.
O parlamentar do PSD/Açores respondia a uma declaração política em que a maioria socialista “falou de uma realidade que não existe, poucos dias após o Instituto Nacional de Estatística revelar que os Açores são a região do país onde o risco de pobreza é mais elevado”.
“Quando o PS/Açores vem falar de um sucesso virtual, só nos resta classificar este discurso da maioria como ‘fake news’ oficiais. Não é verdadeira a realidade que os senhores pintam”, disse.
O vice-presidente da bancada social-democrata salientou que o Partido Socialista “devia estar preocupado em resolver os problemas da pobreza, os 70% de jovens adultos em precariedade laboral, os mais de 60% de alunos que têm de recorrer à ação social escolar ou os 8% da população que dependem do Rendimento Social de Inserção para sobreviver”.
“É uma vergonha os senhores virem a este parlamento falar de um sucesso que só é sentido pelo Partido Socialista e pelo governo regional, que deixaram dezenas de milhares de açorianos para trás”, disse João Bruto da Costa.
O Executivo realça contudo, o “inconformismo permanente” do Governo dos Açores para “vencer os grandes desafios do futuro”.
O Secretário Regional Adjunto da Presidência para os Assuntos Parlamentares, frisou que, “apesar do cenário negro que alguns partidos da oposição tentam pintar, tentando reinterpretar um relatório de uma agência idónea e independente, por conveniência político-partidária, o relatório é muito claro e inquestionável: os Açores são a única região do país que, entre 2000 e 2016, conseguiu crescer mais do que a média da União Europeia”.
“Apesar destes resultados, nós nunca estamos satisfeitos. Estes indicadores já são passado, agora é tempo de olhar para o futuro. Não é tempo de autocontemplações. Há sempre desafios a vencer e cá estamos como sempre para os vencer, em parceria com os Açorianos, e, para isso, contamos com todos, como sempre, sendo a base da nossa atuação o diálogo e a concertação social”, afirmou Berto.
“Todos os dias há novas batalhas a travar”, disse apontando o combate à pobreza, o desemprego jovem, os transportes, a educação, a saúde”.
“Temos sempre que melhorar e que fazer mais e é isso que nos preocupa todos os dias, sempre sintonizados com os problemas das pessoas e com as soluções para esses problemas, o resto não interessa nada, ou interessa muito pouco”, afirmou.
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