Segundo adiantou Francisco Silva, um dos investigadores do Departamento de Economia e Gestão da academia açoriana envolvidos no trabalho, o maior “desfasamento na relação entre subidas e descidas” nos preços dos combustíveis em função da evolução do custo do petróleo nos mercados internacionais revelou-se mais evidente no gasóleo do que nas gasolinas.
O estudo em que participaram também Maria da Graça Silva e Nelson Elias teve por referência a variação ocorrida num período de 280 semanas – de janeiro de 2004 a junho de 2009 –, concluindo que as “assimetrias” identificadas justificam um “contínuo acompanhamento do mecanismo de transmissão de preços nos combustíveis” no país.
Francisco Silva admitiu que o comportamento dos agentes envolvidos revela uma “concorrência não tão forte” em Portugal como a verificada em outros mercados de maior dimensão.
Os resultados da pesquisa apontam também para “um ajustamento [nos preços ao consumidor] que ocorre, essencialmente, entre três a quatro semanas após a variação do custo do petróleo” no mercado internacional.
“Nota-se a existência de um jogo em termos de gestão de ‘stocks’ que acaba por reflectir-se na formação dos preços”, referiu Francisco Silva.
Lusa