“O Mundo Aqui” celebra diversidade e interculturalidade como fatores de enriquecimento da sociedade

cartaz-aipa“O Mundo Aqui” celebra-se por estes dias na Academia das artes, onde sons e sabores dão o mote à palavra de ordem – multiculturalismo.

Em ano de oitava edição, a mensagens do Festival “O Mundo Aqui” tem, segundo Paulo Mendes, da Associação dos Imigrantes nos Açores(AIPA), de ser reforçada, assente na narrativa anti migração, anti racismo e anti xenofobia, resultado dos tempos conturbados que se vive atualmente” onde a diversidade no lugar de ser um fator de coesão é um fator de desestabilização, onde a interculturalidade em vez de ser um fator de enriquecimento dos povos é um fator de desequilíbrio, de não coesão social, uma hierarquização de povos e culturas.”

 

“A diversidade e a interculturalidade são fatores de enriquecimento das sociedades, e todos nós indivíduos temos que ser hoje construtores e defensores dos valores das sociedades que queremos construir e não deixar que o valor do odio, que o aipadiscurso anti migração, anti diversidade, possa colocar em risco valores que custaram a vida de muitas pessoas para que hoje possamos viver numa sociedade com alguma paz”, defendeu ainda Paulo Mendes, anuindo que nos Açores, onde vivem 70 nacionalidades diferentes, é relevante ter espaços como estes, onde as pessoas tem a possibilidade de mostrarem a sua cultura e onde tem possibilidade de se conhecerem e de passar uma mensagem clara de diversidade e paz.

 

No espaço do Festival há variada gastronomia e musica, dois elementos sem fronteiras que possibilitam de um modo descontraído a difusão intercultural, um dos propósitos de “O Mundo Aqui”, evento que pretende celebrar a diversidade cultural e promover a interculturalidade através da música, dança e gastronomias do mundo.

 

aipa1Presente na cerimónia de abertura, o Secretário Regional Adjunto da Presidência para as Relações Externas, ancorou-se nas palavras de João de Melo – Gente Feliz com Lágrimas, para definir o sentimento da migração, na dicotomia “de se estar bem onde se está, mas sentir saudades de onde se veio”, destacando a compreensão com que na Região se vive a multiculturalidade, referindo-se aos Açores como um bom exemplo de integração e coesão social, mencionando as dificuldades que atravessam os movimentos migratórios atuais. Rui Bettencourt congratulou a organização do Festival pelo dinamismo, que se pode resumir no “gesto simbólico de dar as mãos e que transmite a vontade de se estar do mesmo aipa2lado”, expressou o governante.

 

“O Mundo aqui” acontece hoje e amanha (sexta e sábado), na Academia das Artes, em Ponta Delgada, onde poderá assistir ao duo ucraniano Oleksandra Turyk & Volodymyr Rvuchenko, o músico cabo-verdiano Jaime Goth e sua banda, o cabo-verdiano Miguel Oliveira, os “Streetdancers” (grupo de jovens dançarinos da Associação Solidaried’Arte), momentos de dança com Susana Amira, o músico guineense Ciro Costa e a açoriana Sara Cruz, entre outros, que entre cheiros, sabores e música, o levarão a lugares tão distintos, como são os Açores, a Ucrânia, o Oriente e África.

 

 

SM/Açores24Horas

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