Dois pilotos gregos e oito cidadãos franceses morreram e outras 21 pessoas ficaram feridas, sete delas com gravidade, no acidente com um caça F-16 grego hoje ocorrido na base aérea espanhola de Los Llanos, em Albacete.
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, confirmou também numa entrevista televisiva que dez dos feridos são franceses e 11, italianos.
O acidente ocorreu pelas 15:18 locais (14:18 em Lisboa) durante a descolagem do avião, que se encontrava em Espanha a participar no programa TLP (Tactical Leadership Program) da NATO, também conhecido como Escola de Aperfeiçoamento de Pilotos, em curso na base de Los Llanos.
O caça, integrado no TLC da Aliança Atlântica, estava a realizar um exercício quando, durante a manobra de descolagem, perdeu força, chocando com um hangar de parqueamento de aviões e embatendo em alguns dos aviões que ali se encontravam, o que causou um grande incêndio, indicou o Ministério da Defesa espanhol.
Dois dos mortos eram os pilotos que seguiam no F-16 e os restantes oito encontravam-se em terra.
Cinco dos feridos foram transferidos para a unidade de queimados do hospital de La Paz, em Madrid, e os outros para o Complexo Hospitalar Universitário de Albacete.
Segundo o Ministério da Defesa, o acidente destruiu mais cinco aviões, entre os quais Mirage franceses e Alfa-Jet italianos.
Trata-se do mais grave acidente com uma aeronave militar ocorrido em Espanha desde 1984, ano em que um Hércules norte-americano se despenhou na província de Saragoça, causando a morte dos seus 18 ocupantes.
O curso que os pilotos gregos frequentavam começou a 19 de janeiro e nele participavam 750 pessoas, entre pilotos e pessoal de manutenção e apoio, informa a página da internet da Força Aérea.
O programa de quatro semanas, que termina a 13 de fevereiro e treina os alunos para diferentes cenários, com um elevado nível de exigência, prepara-os para participar em missões táticas de grande semelhança com uma missão real.
Além de gregos, franceses e italianos, o curso conta igualmente com elementos das Forças Armadas da Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Reino Unido, Espanha e Estados Unidos.
Desde que o curso começou a funcionar, em 2009, não se tinha ainda registado nesta escola de aperfeiçoamento de pilotos qualquer acidente.
Lusa