
“A mensagem neste Dia Mundial da Saúde é muito clara. O mundo está perto de perder as suas curas milagrosas”, afirma a directora-geral da OMS num comunicado hoje divulgado.
Margaret Chan refere que, “na ausência de acções correctivas e protectivas urgentes, o mundo caminha para uma era pós-antibiótica, na qual muitas infecções que hoje são comuns deixarão de ter cura e irão, mais uma vez, matar sem esmorecer”.
Hoje, a OMS publica um pacote de medidas políticas, definindo as medidas que os governos e os seus parceiros nacionais precisam para combater a resistência aos antibióticos.
Entre as medidas sugeridas estão o desenvolvimento e implementação de um plano nacional financiado, o reforço das capacidades de vigilância e laboratorial, a garantia de acesso ininterrupto a medicamentos essenciais de qualidade garantida, a regulação e promoção do uso racional de fármacos, o reforço da prevenção e controlo de infecções e o fomento da inovação, investigação e desenvolvimento de novas ferramentas.
A resistência aos antibióticos é um fenómeno biológico natural, através do qual os microorganismos adquirem resistência aos fármacos que deveriam matá-los. A cada nova geração, os micro-organismos que contêm o gene resistente tornam-se cada vez mais fortes até o medicamente se tornar totalmente ineficaz.
O uso inadequado de medicamentos para combater infeções – uso excessivo, subutilização ou mau uso – faz com que a resistência aumente mais rapidamente.