ONG portuguesa ministra primeiro curso de pós-graduação de Turismo em Angola

O primeiro curso de pós-graduação de Turismo em Angola vai ser ministrado pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDF), uma organização não governamental portuguesa, disse hoje à agência Lusa o seu presidente.

António Jorge Costa, que é também consultor das Nações Unidas para a elaboração do Plano Diretor de Turismo da parte angolana da bacia do Okavango, sul do país, salientou que o curso, que será ministrado em Luanda, resultou de um convite do Ministério da Hotelaria e Turismo (MHT) angolano.

“O ‘masters’ surge através de um convite para desenhar um programa que permitisse capacitar os diretores e as chefias seniores (do MHT) e dos polos de desenvolvimento turístico, para implementação do Plano Direto de Turismo de Angola”, disse.

O curso, que abrange 30 alunos, conta ainda com a parceria da Organização Mundial do Turismo (OMT) e da Universidade Fernando Pessoa, sediada no Porto.

“Temos a parceria da OMT, que endossa o programa, e temos a participação da Universidade Fernando Pessoa, que vai creditar o conhecimento e a formação, para que os formandos que quiserem dar continuidade aos seus estudos para mestrado, e eventualmente também para doutoramento, o possam fazer”, acrescentou.

António Jorge Costa considerou que “Angola está a dar um passo forte na criação de uma imagem forte internacional. Já o tem economicamente”.

“Se há setor de atividade que pode ajudar a potenciar a imagem de um país e todo o esforço que tem vindo a ser feito, é de facto o turismo”, acentuou.

Na qualidade de consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), António Jorge Costa adiantou à Lusa que está elaborar um plano de desenvolvimento turístico do Okavango, um projeto financiado pela cooperação espanhola.

“O projeto, que fica pronto este mês e será apresentado publicamente em julho, olha para o território (do Okavango), destaca as potencialidades e define os melhores mercados e os segmentos prioritários de aposta”, elucidou.

O projeto em que António Jorge Costa está envolvido integra-se num esforço à escala regional, que envolve cinco países: Angola, Botsuana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabué, no chamado Projeto Regional Turístico Transfronteiriço Okavango-Zambeze (KASA).

Este projeto estabelece uma área transfronteiriça de conservação e um destino para a prática de ecoturismo internacional nas regiões da bacia hidrográfica dos rios Okavango e Zambeze.

Em Angola, o projeto está a ser executado na província do Cuando Cubango, numa área de 87 mil quilómetros quadrados, e inclui seis áreas ambientais: duas reservas parciais (Luiana e Mavinga) e quatro coutadas públicas (Mucusso, Longa-Mavinga, Luengué e Luiana).

 

 

Lusa

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