O bastonário, Carlos Maurício Barbosa, escreveu ao presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, Francisco Coelho, solicitando que adote “as medidas julgadas adequadas para por cobro a esta situação e salvaguardar os direitos dos doentes açorianos”.
Em causa está o facto de a farmácia do Hospital de Ponta Delgada ter iniciado a 5 de janeiro a dispensa de medicamentos em unidose apesar de ainda não ter sido publicada a sua regulamentação.
A Ordem dos Farmacêuticos denunciou a situação no dia seguinte, tendo o secretário regional da Saúde dos Açores, Miguel Correia, respondido assegurando que o sistema instituído naquela unidade hospitalar “dá garantias de total ausência de risco para a saúde pública”.
Na carta que agora enviou ao presidente do parlamento regional, o bastonário reafirma que a dispensa de medicamentos em unidose no Hospital de Ponta Delgada não tem enquadramento legal, já que ainda não foi publicada a regulamentação que visa garantir a rastreabilidade e a segurança dos medicamentos dispensados em unidose.
Nesse sentido, o bastonário alerta que pode estar em causa a saúde pública.
A farmácia do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, iniciou a 5 de janeiro a dispensa de medicamentos em unidose apenas para os utentes das urgências, mas o sistema vai ser alargado às consultas externas e aos dois outros hospitais dos Açores.
Na ocasião, o secretário regional da Saúde anunciou que o Hospital de Angra do Heroísmo iniciará este sistema a 1 de fevereiro, não tendo adiantado qualquer data para entrar em vigor no Hospital da Horta.
Lusa