Os prémios norte-americanos de cinema Óscares são hoje atribuídos em Los Angeles, numa cerimónia marcada pela expectativa em torno de potenciais recordes batidos e discursos políticos.

Os prémios norte-americanos de cinema Óscares são hoje atribuídos em Los Angeles, numa cerimónia marcada pela expectativa em torno de potenciais recordes batidos e discursos políticos.

A lista de nomeados da 89.ª edição tem como destaque “La La Land: Melodia de amor”, o musical de Damien Chazelle que é um tributo ao cinema de Hollywood e que conta com 14 nomeações, além de “Moonlight”, drama de Barry Jenkins, com oito nomeações.

“La La Land” está nomeado na maioria das categorias, incluindo melhor filme, realização, argumento original e banda sonora, tem ainda uma dupla nomeação para melhor canção e para a representação, com o par Ryan Gosling e Emma Stone.

Se Damien Chazelle vencer o prémio de melhor realização será, aos 32 anos, o mais novo realizador a ser distinguido nesta categoria, podendo o filme bater outro recorde, se ultrapassar as 11 estatuetas que são o atual máximo conseguido por filmes como “Titanic”, “Ben-hur” e “O Senhor dos Anéis: O Regresso do Rei”.

“Moonlight” poderá equilibrar as contas dos Óscares, em particular pela prestação do ator Mahershala Ali, como ator secundário, e pelo argumento, a partir de uma história de Tarell Alvin McCraney.

No Óscar de melhor realização dominam as estreias: Damien Chazelle, Tom Ford (“Animais Noturnos”), Barry Jenkins (“Moonlight”) e Kenneth Lonergan (“Manchester by the sea”), com o repetente Mel Gibson (“O herói de Hacksaw Ridge”) pelo meio.

Para melhor filme foram nomeados “Primeiro Encontro”, “Vedações”, “O herói de Hacksaw Ridge”, “Hell or High Water – Custe o que custar!”, “La La Land”, “Lion – A longa estrada para casa”, “Manchester by the sea” e “Moonlight”.

A disputar o Óscar de melhor ator principal estão Ryan Gosling, Casey Affleck (“Manchester by the sea”), Denzel Washington (“Vedações”), Andrew Garfield (“O herói de Hacksaw Ridge”) e Viggo Mortensen (“Capitão Fantástico”).

Na categoria de melhor atriz principal estão Isabelle Huppert (“Ela”), Meryl Streep – nomeada pela 20.ª vez com “Florence, uma diva fora de tom” -, Natalie Portman (“Jackie”), Ruth Negga (“Loving”) e Emma Stone.

Se Meryl Streep vencer, poderá igualar o recorde de quatro Óscares conquistados por Katherine Hepburn. A atriz poderá ainda aproveitar o discurso de agradecimento para voltar a criticar a administração norte-americana de Donald Trump.

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, já fez saber que o presidente dos Estados Unidos não deverá assistir à cerimónia, que será apresentada pela primeira vez pelo humorista Jimmy Kimmel.

Esta edição fica ainda marcada pela diversidade racial, refletida em várias categorias, à frente e atrás das câmaras, há muito exigida por Hollywood.

Denzel Washington e Viola Davis (“Vedações”), Ruth Negga (“Loving”), Mahershala Ali e Naomie Harris (“Moonlight”) e Octavia Spencer (“Elementos secretos”), todos nomeados em categorias de representação, espelham essa diversidade racial.

Pela primeira vez, uma mulher afro-americana, Joi McMillon (“Moonlight”), foi nomeada para o Óscar de melhor montagem, e Bradford Young (“Primeiro Encontro”) é o segundo diretor de fotografia negro a ser nomeado na história dos prémios.

Nos quase 90 anos de história dos Óscares, nenhum realizador ou realizadora negra venceu a estatueta dourada de melhor realização.

Em 1940, na 12.ª edição dos Óscares, a Academia de Hollywood distinguia pela primeira vez um artista negro, com o reconhecimento do desempenho da atriz Hattie McDaniel, na criada de “E tudo o vento levou” (1939).

Em 1964, Sidney Poitier foi o primeiro negro a receber o Óscar de melhor ator, pelo desempenho em “Os lírios do vale”, de Ralph Nelson (1963).

 

 

Lusa

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