“Acho que o país está menos crispado, acho que as zonas atingidas pelas tragédias estão mais carentes de afetos e não só de afetos, mais do que afetos, mas o país em geral acho que menos crispado”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, onde prossegue a deslocação ao grupo oriental dos Açores.
O chefe de Estado falava aos jornalistas no complexo lúdico e pedagógico “Coriscolância”, da Kairós – Cooperativa de Incubação de Iniciativas de Economia Solidária e após ser questionado como estava o país cinco meses depois da primeira deslocação ao arquipélago dos Açores, em junho, quando visitou as sete ilhas dos grupos central e ocidental.
Nessa altura, o Presidente da República declarou na Horta, ilha do Faial, que “o país estava perdido”, em termos psicológicos, “carecido de afeto”, quando iniciou o seu mandato e que, entretanto, o “universo dos afetos” trouxe “uma viragem política fundamental”.
“A mera viragem psicológica, que passou pelo universo dos afetos, foi uma viragem política fundamental”, defendeu, considerando que “hoje é impossível fazer política na base apenas da cabeça”.
Hoje, interrogado como está a classe política, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que também acompanhe o país “e não se crispe muito”.
Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que o país está “sereno” e “tranquilo”, mas, “no caso do que se passou nas tragédias, “um país chocado com a tragédia e, por outro lado, os que lá vivem à espera de respostas”.
“Espero que venham rápidas”, acrescentou.
Lusa