Palavras de ordem contra FMI em Lisboa

O Fundo Monetário Internacional (FMI) foi o alvo privilegiado das palavras de ordem da centena e meia de manifestantes, segundo a polícia, que hoje desceu a Avenida da Liberdade, em Lisboa, respondendo ao apelo do movimento Democracia Verdadeira Já.

“Não pagamos” regressou às ruas da capital, alternando com “FMI, fora daqui” e “É o banqueiro que deve aqui dinheiro”. Enquanto desfilava até ao Rossio, Luís Brum, da organização do protesto, desligou um pouco o megafone para falar à Lusa e explicar os números da adesão com a “espontaneidade” de um protesto pensado em “muito pouco tempo”. O alvo estava definido: o FMI.  “Estão a tomar decisões do nosso interesse sem que nos digam nada”, criticou Luís Brum. O objetivo principal era responder ao apelo lançado pela iniciativa espanhola Democracia Real YA, que convocou protestos por todo o mundo. Alguns italianos e espanhóis desfilaram hoje avenida lisboeta abaixo. Questionado sobre se o surgimento de vários protestos de diferentes grupos não será contraproducente, Luís Brum contrapôs que o M12M (movimento que organizou a protesto de 12 de março sob o lema “Geração à Rasca”, levando 300 mil pessoas à rua em todo o país) deu “o ímpeto” para que outros se organizassem.  “Éramos todos cidadãos bastante passivos, que agora responderam a um apelo de amigos em Espanha”, descreveu. “Ficámos com o bichinho” desde 12 de março e “agora não podemos deixá-lo morrer”, sublinhou. Paula Gil, uma das fundadoras do M12M, desfilou no protesto desta tarde e destacou que “cidadania é isto mesmo” e que o protesto de 12 de março “permitiu às pessoas perceberem que podiam manifestar-se livremente”.

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