Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do PAN nos Açores, que apresentou hoje o diploma da taxa turística regional na comissão parlamentar regional de Economia, defendeu que esta é a “altura ideal” para a concretização das propostas devido ao “crescimento pós-pandémico do turismo”.
Pedro Neves lembrou que o partido já tinha apresentado aquelas duas iniciativas por altura da discussão do Orçamento regional para 2022, em novembro do ano passado, tendo retirado os projetos devido à possibilidade de o documento ser reprovado.
Segundo o parlamentar, a taxa turística proposta teria o valor de um euro: 50% do valor para o fundo ambiental que o partido também pretende criar e os outros 50% para municípios dos Açores.
“Em vez de fazermos [a taxa turística] por município, seria bom fazermos por Região Autónoma dos Açores e não excluir os municípios, antes pelo contrário: tentar que os municípios vejam isso como uma iniciativa para eles e ao mesmo para tempo para a preservação ambiental”, afirmou.
O deputado destacou que o partido não “vai a reboque de ninguém”, advogando que a proposta do PAN já tinha sido preparada antes da posição da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo, que a 28 de janeiro defendeu a implementação de uma taxa turística municipal na ilha Terceira.
Pedro Neves especificou que a taxa turística teria o “limite máximo” de quatro noites, uma vez que o PAN não pretende “limitar os turistas que venham por mais tempo” para a região.
Além disso, a intenção é que os “residentes nos Açores, independentemente da ilha, não paguem absolutamente nada” nas deslocações no arquipélago.
“Tendo em conta o nosso património natural, o tesouro que são os Açores, não podemos ter só alguns argumentos que queremos um turismo de natureza. Temos mesmo de ter ações. Queremos turistas responsáveis na região”, concluiu.
Lusa