“Obviamente que [a pandemia] pode afetar e muito [a decisão de privatização]. Não considero que é urgente decidir, sobretudo neste contexto, mas mais cedo que tarde teremos de tomar uma decisão”, declarou o governante.
Vasco Cordeiro falava em entrevista à RTP/Açores a propósito da resposta do executivo à pandemia da covid-19.
Um primeiro concurso para a privatização de 49% da Azores Airlines – ramo da SATA que opera de e para fora do arquipélago – foi anulado em novembro de 2018, não tendo o mesmo sido relançado até ao momento, mas mantendo o executivo açoriano essa intenção.
Questionado sobre eventuais despedimentos na empresa – que tem cerca de mil trabalhadores em ‘lay off’ -, o chefe do executivo açoriano declarou: “Faremos tudo o que for possível para evitar essa situação”.
Contudo, reconheceu, “pode haver situações de não contratar temporariamente, sazonalmente, pessoal necessário”, mas essa é “uma outra situação”.
Um avião da SATA foi recentemente à China buscar material médico adquirido pela região, e posteriormente uma outra aeronave, contratada e de maior dimensão, trouxe mais equipamento para os Açores.
“A SATA realizou aquele voo porque era o meio mais rápido de garantirmos que chegava à nossa região material que necessitávamos. Não foi um exercício apenas por ser a SATA. Obviamente que teve os seus custos, mas aquele era material que era necessário”, disse ainda.
Já no que refere a um eventual adiamento das eleições regionais nos Açores, previstas para outubro deste ano, Vasco Cordeiro declarou não ver razão para se adiar as mesmas se a região não estiver em estado de emergência ou com “medidas restritivas de circulação”.
Até hoje foram detetados nos Açores um total de 138 casos, verificando-se 20 recuperados, nove óbitos e 109 casos positivos ativos para infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, sendo 82 em São Miguel, cinco na ilha Terceira, cinco na Graciosa, três em São Jorge, nove no Pico e cinco no Faial.
Lusa