O parlamento açoriano aprovou hoje, por unanimidade, uma proposta inicialmente do PSD/Açores, e posteriormente subscrita por todos os grupos parlamentares, que recomenda ao governo regional a construção de um terminal de passageiros – cruzeiros e inter-ilhas – na baía da Praia da Vitória, na ilha Terceira.
Este consenso é, para o PSD/A, “uma grande alegria e um momento particularmente feliz”, afirma o social-democrata Luís Rendeiro, considerando “que, agora, “estão reunidos os consensos, a necessidade e todas as circunstâncias adequadas a que a ilha Terceira possa finalmente ter um cais de cruzeiros, faltando apenas dar o primeiro passo em termos de decisão política”.
“Esta obra pode e deve assumir-se como complementar aos terminais de cruzeiros já existentes em São Miguel e no Faial, assumindo-se como uma medida muito clara de revitalização da economia da Praia da Vitória, da ilha Terceira e da Região Autónoma dos Açores”, frisou.
Segundo Luís Rendeiro, “este é um projeto estruturante para a ilha Terceira e, sobretudo depois da redução do efetivo militar americano na Base das Lajes, fulcral para a recuperação económica e social do concelho da Praia da Vitória”.
O deputado social-democrata lembrou ainda que o processo de discussão sobre a construção de um cais de cruzeiros na ilha Terceira “foi, como todos sabemos, um processo longo, complexo, polémico e com alguns revezes”.
“Desde logo pela falta de consensos na própria ilha Terceira, que devem ser assumidos, que também obstaculizaram que a Região tivesse na ilha Terceira um equipamento tão importante como um cais de cruzeiros, dez anos mais cedo”, afirmou.
António Toste Parreira justificou o voto favorável da bancada socialista, anuindo que “o Grupo Parlamentar do PS/Açores entende que esta iniciativa, depois de alterada pelo seu proponente o PSD, responde em grande medida às nossas pretensões sobre esta matéria, por isso, a subscrevemos também tendo em conta a importância desta infraestrutura para a economia da Ilha Terceira e dos Açores”.
Para o PS, a “conjuntura desfavorável, social, económica e financeira que se verificou no País, na Europa e no Mundo atingindo também a Região, sensivelmente, entre 2008 e 2015”, justificam que a construção da obra de construção do Cais de Cruzeiros tenha sido adiada, porque a “prioridade do Governo Regional dos Açores foi fomentar a competitividade das empresas, ajudar as famílias e as pessoas”.
O deputado socialista elogiou o “bom exemplo de democracia” que se registou com “consenso alcançado por todos os partidos que subscreveram este Projeto de Resolução”.
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