O Parlamento dos Açores aprovou, esta sexta-feira, por unanimidade, o projeto de resolução apresentando pelo CDS que recomenda ao Governo Regional que promova as diligências necessárias, junto do Governo da República, no sentido de operacionalizar o regresso da TAP à efetivação da ligação aérea entre a ilha do Faial e Lisboa, bem como entre a ilha do Pico e Lisboa.
O presidente do CDS, Artur Lima, frisou que “atendendo às características e constrangimentos próprios, o transporte aéreo, quer na mobilidade interna como na ligação ao exterior, tem uma importância fundamental para a mobilidade na Região e reflete-se na qualidade de vida dos Açorianos, no reforço da nossa economia e na competitividade das nossas ilhas”.
Artur Lima salientou que as “ligações aéreas Faial/Lisboa e Pico/Lisboa – de particular importância na mobilidade dos Faialenses e Picoenses e de todos os que têm como destino o Faial e o Pico – têm vindo, ao longo dos últimos anos, a deixar de corresponder à procura, aumentando a incerteza e a imprevisibilidade na capacidade de resposta da oferta disponível”, realçando que “o regresso da TAP faz hoje mais sentido do que ontem”, em virtude “da incerteza relativamente ao futuro da SATA que é cada vez mais preocupante, tal a dimensão do prejuízo do 1.º trimestre de 2019”, do facto da SATA “não ter todos os seus pilotos comandantes certificados para operar no Aeroporto da Horta” e de “demonstrar incapacidade em contratar novos pilotos”.
Em resposta, a Secretária Regional dos Transportes assegurou que o Governo está a trabalhar no sentido de trazer mais companhias aéreas para os Açores, realçando que este esforço trará benefícios a todos os residentes no arquipélago, independentemente das ‘gateways’ para onde possam vir a operar.
Ana Cunha, que falava na Assembleia Legislativa, no âmbito do debate, afirmou que “a posição do Governo dos Açores é de que não se opõe e trabalha, aliás, para que venham outras transportadoras aéreas, que não só a TAP”.
Neste sentido, a titular da pasta dos Transportes ressalvou que este trabalho destina-se não só às ilhas do Faial e do Pico, como a qualquer ‘gateway’ da Região.