Para Berto Messias, líder parlamentar do PS/Açores, o que o PSD e o CDS/PP propunham era “extremamente perigoso”, porque representava “lavar de mãos” em relação ao processo de privatização e ao que poderia constar no caderno de encargos.
Artur Lima, do CDS/PP, recordou, no entanto, que em 2007, quando se falou pela primeira vez na privatização da ANA, o PS “não reivindicou nada” no caderno de encargos, considerando que não pode agora vir apontar o dedo à oposição.
Por seu lado, Aníbal Pires, do PCP, acusou o PSD e o CDS/PP de tentar “branquear” um eventual aumento de custos das taxas aeroportuárias que os açorianos “vão ter de pagar depois da privatização”, enquanto Zuraida Soares, do BE, lamentou que aqueles dois partidos estejam “mais preocupados com os privados do que com os açorianos”.
Para Paulo Estêvão, do PPM, os Açores devem “bater o pé” a qualquer processo de privatização da ANA, frisando que a venda da empresa a privados “só beneficia os interesses estrangeiros”.
O vice-presidente do Governo Regional, Sérgio Ávila, também entrou no debate para questionar se o PSD entende que devem estar salvaguardados num futuro caderno de encargos da privatização da ANA os investimentos necessários nos aeroportos dos Açores e a garantia de que não haverá aumento das taxas aeroportuárias nos Açores, mas as respostas da bancada do PSD não satisfizeram o executivo.
Lusa