Parlamento rejeita propostas para combater praga de coelho

A Assembleia Legislativa Regional dos Açores rejeitou esta sexta-feira por maioria as medidas propostas pelo CDS/PP para combater uma praga de coelho bravo em S. Jorge, tendo o executivo revelado que foram caçados mais de 18.600 animais para corrigir densidades.
A proposta de resolução apresentada pelo CDS/PP foi rejeitada com os votos contra do PS e do PCP e a abstenção do PSD e BE.

Entre as medidas apontadas para combater a praga encontrava-se o lançamento imediato de um pacote atractivo de viagens para caçadores, que deveria vigorar até 31 de Maio, sendo depois retomado entre 1 de Outubro deste ano e 31 de Maio de 2012.

A liberalização da caça nocturna ao coelho bravo e o fornecimento gratuito de cartuchos aos caçadores eram outras das propostas do CDS/PP, que também pretendia que o governo regional avançasse com a legislação sobre licenciamento e comercialização de espécies cinegéticas.

No debate sobre esta questão, o secretário regional da Agricultura, Noé Rodrigues, revelou que foram abatidos 18.683 coelhos em S. Jorge na actual época venatória no quadro das correcções de densidade desta espécie.

Os dados divulgados indicam que estas operações se traduziram em 30 dias de caça intensiva, em que participaram caçadores de S. Jorge (40 por cento), do continente (oito por cento) e das restantes ilhas dos Açores (52 por cento).

Noé Rodrigues salientou ainda que o executivo está a preparar a legislação relativa à legalização da comercialização de coelho no arquipélago, tendo a iniciativa legislativa sido já proposta à apreciação da Autoridade Sanitária e está agora a ser analisada pelas associações agrícolas.

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