O PCP pretendia que fossem distribuídas cópias em papel do Estatuto Político-Administrativo dos Açores, da Constituição da República Portuguesa e da Carta dos Direitos Humanos a todos os jovens açorianos que completassem 18 anos de idade, com o objectivo de fornecer informação “fundamental” a quem iria exercer o direito de voto pela primeira vez.
Para o deputado comunista Aníbal Pires, esta proposta “muito simples” não pretendia ser uma “medida milagrosa” para resolver um “problema complexo”, mas apenas um contributo para ajudar a reduzir a taxa de abstenção no arquipélago.
Os argumentos não foram, no entanto, suficientes para convencer os deputados do PS, PSD e CDS/PP, que votaram contra, inviabilizando a iniciativa do PCP, apenas apoiada pelo BE e PPM.
Uma das principais criticas estava relacionada com o facto do PCP propor a distribuição dos documentos em papel, numa altura em que a maioria dos jovens tem acesso à Internet e pode consultar o que lhes interessa online.
As diferenças não estão no diagnóstico do problema, mas na forma de o resolver.