“Estou tranquilo e muito confiante por saber que os social-democratas, sob a liderança de Berta Cabral, saberão dar aos açorianos a liberdade de escolha e a autonomia que merecem”, afirmou Pedro Passos Coelho no encerramento do XIX Congresso Regional do PSD/Açores, em Ponta Delgada.
O líder nacional social-democrata considerou que Berta Cabral é a “candidata certa”, frisando “o respeito que tem inspirado no PSD nacional, sem nunca deixar” de defender os interesses dos Açores.
“Berta Cabral bate-se pelos Açores, por todas as ilhas e por todos os açorianos”, afirmou Passos Coelho, acrescentando saber, também como primeiro-ministro, que “do lado dos Açores, está alguém que coloca acima de tudo os interesses dos açorianos”.
Na sua intervenção, o presidente do PSD considerou que “está a chegar ao fim um tempo político nos Açores”, salientando que “os açorianos sentem que o tempo da mudança lhes bateu à porta”.
“Os açorianos podem contar com uma mudança tranquila, mas decisiva, para que se abra um novo ciclo de oportunidades para todas as ilhas”, afirmou, recordando que o país atravessa uma fase de dificuldades e as pessoas “querem saber como se pode utilizar melhor os recursos existentes”.
Nesse sentido, frisou que o governo regional “tem uma importância muito grande nas escolhas para o futuro”.
Pedro Passos Coelho abordou especificamente a questão dos transportes aéreos, que admitiu “penalizar” os Açores, defendendo a necessidade de “rever esta situação”.
Neste discurso no encerramento do congresso regional do PSD/Açores, Passos Coelho falou também da situação nacional, defendendo a importância de ter uma “linguagem direta e de verdade com os portugueses” porque a crise pode ser uma “grande oportunidade para construir um futuro diferente”.
“Não há soluções perfeitas, mas nós temos algumas soluções. Podemos olhar para a crise e deixar passar a tempestade, mas isso não nos conduziria a um país melhor. Para fazer renascer a esperança dos portugueses é preciso que saibam para onde estamos a caminhar, que não estamos a deixar passar a crise”, afirmou.
Para o líder social-democrata, “não nos podemos limitar a observar os efeitos das medidas de contenção e de austeridade, temos que alterar profundamente as estruturas económicas, políticas e sociais, para termos uma sociedade mais aberta, mais competitiva e mais solidária”.
Pedro Passos Coelho defendeu, no entanto, que “ninguém no governo tem o direito de sobrecarregar as gerações futuras com encargos de que não beneficiarão, nem de comprometer a soberania dos portugueses”.
Por isso, defendeu que os responsáveis políticos devem ser “responsáveis e responsabilizados”.
Lusa