“Como é possível estar o país inteiro a fazer sacrifícios, com as pessoas a verem aquilo que nunca se imaginou que o PS fizesse, como cortar nos ordenados, limitar as pensões e fechar as torneiras todas porque se gastou mais do que aquilo que se devia. Depois há um outro socialista que diz, não se preocupem, com aquilo que os senhores nos dão todos os anos, nós temos o suficiente para dar o que em Lisboa se tira”, afirmou Pedro Passos Coelho.
O líder do PSD, que falava no sábado à noite, em Lousada, num jantar promovido pelos sociais democratas locais, defendeu que os açorianos também devem fazer os sacrifícios que estão a ser exigidos aos outros portugueses.
“Eu sinto que as pessoas estão disponíveis para fazerem mais sacrifícios, mas só se tiverem a certeza que os sacrifícios são para todos”, insistiu Pedro Passos Coelho, muito aplaudido.
Antes, o presidente da distrital do Porto, Marco António Costa, tinha considerado a decisão do governo regional açoriano “um desrespeito para com os portugueses e uma desautorização política ao primeiro ministro”.
No discurso principal da noite, o líder do partido lembrou Francisco Sá Carneiro como um político que representou “um sinal de esperança muito grande para o país”.
Pedro Passos Coelho afirmou que 30 anos depois os portugueses voltam a olhar para o PSD como um partido “que está a trabalhar para encontrar as melhores soluções para Portugal”.
“O país inteiro já percebeu que se quiser mesmo mudar de vida, mais dia, menos dia, vai ter de ter outra liderança política e outro governo. A nossa função enquanto estamos na oposição é de ir ajudando o nosso país a melhorar, mas estamos preparados para governar melhor do que governaram os nossos adversários”, observou.
Pedro Passos Coelho disse estar seguro de que “todos os dias o país acredita que o PSD está a fazer o trabalho de casa e a chamar os melhores”.
“Estamos a reunir o melhor que há no PSD e de fora do PSD para encontrar as melhores soluções e dizer aos portugueses que quando precisarem de nós estaremos prontos. E já hoje o país deve saber com tranquilidade que no PSD não há uma sede de poder, há uma vontade indomável de servir o país”, enfatizou.
O líder social democrata concluiu alertando para “o caminho difícil do próximos anos”, no qual, sublinhou, “é preciso ter um rumo, uma esperança enorme e aprender com os erros passados”.
“Precisamos de ter um sangue frio enorme e de não ceder perante nada para não desiludir aqueles que estão agora a começar a sua vida”, alertou.