A candidatura do ‘Património Cultural Subaquático dos Açores’ foi pré-selecionada pelo júri nacional, por unanimidade, juntamente com as ‘Linhas de Torres’, para formar a representação portuguesa de 2019 para submissão de candidatura à ‘Marca do Património Europeu’.
A candidatura, que foi apresentada pela Direção Regional de Cultura, entidade que tutela os bens arqueológicos existentes no Mar dos Açores, assenta nas experiências do Roteiro do Património Cultural Subaquático dos Açores, lançado em 2017, e no projeto Interreg-MAC Margullar, que integra com a Madeira, Canárias, Cabo Verde e Senegal, atualmente em curso.
Esta candidatura pretende tornar visível e compreensível a importância do património cultural subaquático para a Humanidade através de três eixos fundamentais, designadamente a valorização científica, o desenvolvimento de um modelo de gestão sustentável, comunitário, ambiental e económico e a devolução do património à população e sua divulgação junto da mesma.
Desde a criação da ‘Marca do Património Europeu’, em 2014, foram submetidas por Portugal sete candidaturas, às quais se acrescentam estas duas, tendo-se conseguido somente por três vezes alcançar este título, com a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, também classificada pela UNESCO como Património da Humanidade, com a Carta de Lei da Abolição da Pena de Morte, de 1867, que se conserva na Torre do Tombo, e com o Promontório de Sagres.
A ‘Marca do Património Europeu’ tem como objetivo sensibilizar os cidadãos para sítios que tenham desempenhado um papel significativo na história, cultura e desenvolvimento da União Europeia, bem como valorizar a sua dimensão europeia através de atividades educativas e de informação.
O objetivo último da ‘Marca do Património Europeu’ é reforçar o sentimento de pertença à União Europeia, de acordo com os seguintes critérios: os sítios candidatos têm de se localizar num dos Estados-Membros participantes, ter um valor europeu simbólico e ter desempenhado um papel significativo na história e cultura da Europa e/ou na construção da União.
Até ao final deste ano será divulgado o resultado emitido pelo painel de especialistas, responsável pela apreciação das candidaturas.