Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo, Paulo Bento sublinhou que Portugal “já sofreu o que tinha a sofrer”, em alusão aos cinco pontos perdidos no empate com o Chipre (4-4) e na derrota com a Noruega (1-0), e garantiu ainda não ser tempo de se pensar “além do jogo com a Islândia”.
“Já respiramos de maneira diferente e, ganhando à Islândia, passamos a respirar por nós próprios”, disse Paulo Bento.
O seleccionador disse que, se Portugal não vencer, “está a dar um passo atrás”, mas também garantiu que nem pensa nisso, porque sente a existência de “atitude, postura, intensidade e agressividade”, fatores “determinantes” na vitória sobre a Dinamarca (3-1), na sexta feira, no estádio do Dragão.
“Fizemos o nosso trabalho nesse jogo, mas só fizemos 50 por cento do trabalho da dupla jornada. E o nosso caminho é só para a frente. É sempre melhor haver entusiasmo do que não haver. Mas nós não somos um povo equilibrado em várias situações e no futebol ainda mais. Vamos do oito ao oitenta com muita facilidade. Por isso, temos de dar continuidade ao que temos feito”, avançou.
Considerando a equipa islandesa forte no “momento de transição ofensiva”, Paulo Bento pediu aos seus jogadores para não se inibirem no ataque e no domínio pretendido, até porque Portugal “é melhor equipa e tem melhores jogadores”.
“Mas é preciso a mesma humildade que a Islândia vai apresentar”, alertou o treinador, assumindo que quer oferecer à seleção uma “melhor situação do que a encontrada antes do jogo com a Dinamarca”.
Contudo, Paulo Bento lembrou que a Islândia perdeu apenas pela margem mínima com os “candidatos” Noruega e Dinamarca e, porque está satisfeito com a concentração, garantiu que os “jogadores não vão adormecer”.
“Por todo esse espírito não acredito que possamos cair no erro de subestimar o adversário. Acredito que temos um grupo ambicioso e que não se contenta em ganhar um jogo ao fim de três. Eles ficarão mais contentes se ganharem dois jogos ao fim de quatro jornadas. Já esgotámos todas as possibilidades de cometer erros e complicamos se cometermos mais algum”.