Licenciado em História, Paulo Estêvão, de 42 anos, tinha assumido a presidência da comissão política do PPM no início de abril, na sequência da demissão de Nuno da Câmara Pereira.
Esta tarde, em Lisboa, foi eleito pela primeira vez em congresso nacional para assumir um mandato de três anos, após apresentar “listas de unidade, constituídas sem oposição interna”.
“É um partido em que a conflitualidade interna sempre foi extremamente elevada, não só por questões pessoais mas também em relação a diferentes áreas do país. O que conseguimos foi ter listas que são totalmente representativas do país e reúnem as diversas tendências”, afirmou.
Do trabalho já realizado, o líder partidário destacou as alterações estatutárias que permitiram criar estruturas concelhias, descentralizar as reuniões, limitar a três o número de mandatos presidenciais no PPM e criar um senado que pode vetar alterações de princípios doutrinais.
Paulo Estêvão reiterou que o PPM espera criar uma alternativa democrática com o PSD e o CDS, numa ampla coligação de centro-direita que consiga reunir também vários setores monárquicos.
Desta forma, sublinhou, é possível vencer o PS e obter maioria parlamentar em eleições que se deverão realizar já “em meados do próximo ano”.
O presidente do PPM afirmou que quaisquer conflitos que pudessem existir entre alguns setores monárquicos e o partido estão já ultrapassados.
Sobre o Orçamento do Estado para 2011, disse não querer cair em “atitudes populistas” e defendeu que “o que faz mais sentido é a estabilidade”, mas defendeu a necessidade de fazer alterações à proposta, como restringir as medidas de aumento da carga fiscal e de reduções salariais.
O “aumento do rigor e o combate ao facilitismo” no ensino, a inversão da “dependência” de Portugal a nível da produção alimentar e a aposta nas potencialidades do mar territorial do país são outras iniciativas defendidas pelo líder do PPM.