Paulo Portas considerou que as críticas à sua actuação enquanto Ministro da Defesa e dos Assuntos do Mar são “tiro ao lado”, lembrando que só assumiu a pasta a partir de Agosto de 2004.
O ex-ministro da Defesa lembrou que foi ele que mandou “arrestar barcos espanhóis que vinham pescar agressivamente no Guadiana”.
“Nenhum outro o tinha feito antes e chamaram-me nacionalista por causa disso”, declarou.
O Tribunal Administrativo de Ponta Delgada condenou o Ministério da Defesa por “omissão ilícita e culposa do dever de fiscalização” das águas açorianas entre 2002 e 2004, altura em que Paulo Portas era o titular desta pasta.
A decisão do tribunal dá razão à acção movida contra o Estado português por várias associações de pesca açorianas, na sequência da liberalização do acesso de embarcações estrangeiras à subzona dos Açores da Zona Económica Exclusiva nacional.
Devido a esta “omissão do dever de fiscalização” das águas territoriais entre as 100 e as 200 milhas, o Estado português foi condenado a pagar indemnizações aos pescadores “no montante dos prejuízos sofridos”.
Lusa