Paulo Portas diz que renegociar a dívida é levar Portugal a “bater na parede”

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, não concorda com uma eventual renegociação da dívida pública do país e entende mesmo que essa opção poderá levar Portugal a “bater na parede”.

Em declarações aos jornalistas, durante a cerimónia de inauguração da nova sede do CDS-PP na ilha do Faial, Açores, Paulo Portas adiantou que “ou Portugal honra a sua palavra”, ou então “fica igual à Grécia”.

No seu entender, “ou Portugal quer ser Portugal, um caso específico, um país que honra a sua palavra”, consegue cumprir as metas financeiras a que se propôs e recupera a sua “autonomia”, ou pensa em “reestruturar ou renegociar a dívida” e vai “direitinho para a parede, ou dito de maneira mais clara, fica igual à Grécia”.

Para Paulo Portas, “a conversa do não pagamos, reestruturamos e renegociamos”, poderá originar situações de “prédios incendiados, carros destruídos, parlamentos cercados, uma sociedade completamente dividida e um país desmotivado”, como acontece na Grécia.

Na sua opinião, os portugueses serão “capazes” de dar a volta a este período de crise e de seguir em frente, cumprindo os seus compromissos.

Durante a deslocação à ilha do Faial, Paulo Portas visitou também o iate “Hemigway”, atracado na Marina da Horta, a bordo do qual o velejador açoriano Genuíno Madruga efetuou duas viagens à volta ao mundo com escalas, em solitário.

Uma proeza destacada, na altura, pelo líder nacional do CDS-PP, que entende que Genuíno, que o acompanhou na visita, é um “exemplo” de determinação e coragem para muitos portugueses.

Ainda esta manhã, Paulo Portas inaugurou a nova sede do CDS-PP no Faial e deixou um apelo aos militantes e simpatizantes do partido, para que “sejam humildes, saibam ouvir os outros” e procurem “convencer” o eleitorado, mas “sem ofender” ninguém.

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