Paulo Teves destaca determinaç​ão dos emigrantes no Canadá na preservaçã​o do património cultural dos Açores

O Diretor Regional das Comunidades salientou, na Ribeira Grande, a determinação dos emigrantes açorianos no Canadá em preservar e divulgar neste país o património cultural dos Açores ao longo das últimas seis décadas, destacando o papel que os jovens podem desempenhar nesta área. “Os açorianos emigrados no Canadá e, em especial, os jovens açordescendentes saberão honrar o percurso dos pioneiros, bem como o dos milhares que se lhes seguiram”, afirmou Paulo Teves, que falava terça-feira, em representação do Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas, no Museu Vivo do Franciscanismo, na cerimónia de lançamento do livro “Memórias de Afonso Maria Tavares, Pioneiro Açoriano 1953”. “A nossa juventude desempenha um papel determinante na preservação dos valores açóricos no mundo”, salientou o Diretor Regional, reafirmando que “é todo este potencial humano que importa cativar, dinamizar e chamar para o processo de desenvolvimento dos Açores e das comunidades onde está inserido”. Paulo Teves frisou ainda que o pioneirismo dos 18 açorianos que, em 1953, desembarcaram em Halifax, constituindo o primeiro grupo de emigrantes açorianos no Canadá, representa o “início de uma epopeia açoriana que merece toda a nossa consideração e orgulho”. “Não foi fácil chegar a este grande país sem conhecimentos linguísticos e culturais das sociedades para onde se ia, mas a determinação do nosso povo falou mais alto e aqui estamos hoje, partilhando esta vivência, que visa, sobretudo, homenagear os milhares de açorianos e açorianas que fizeram do Canadá o seu novo lar”, afirmou. O lançamento do livro de Afonso Maria Tavares decorreu no âmbito do programa do Congresso “60 anos de emigração açoriana para o Canadá”, uma iniciativa do Governo dos Açores que conta com a participação de académicos e dirigentes associativos dos Açores e do Canadá. Afonso Maria Tavares, atualmente com 84 anos, é natural da Vila de Rabo de Peixe e reside na cidade de Brampton, província de Ontário, tendo integrado o grupo dos 18 primeiros açorianos que desembarcaram em Halifax, na Nova Escócia, a 13 de maio de 1953, onde chagaram a bordo do navio Satúrnia. O programa deste congresso na ilha de São Miguel encerrou terça-feira à noite com as atuações de Rafael Carvalho, acompanhado pela Classe de Violas da Terra do Conservatório Regional de Ponta Delgada, e da artista açoriana Raquel Dutra. Esta noite, a partir das 20h00, as comemorações dos 60 anos de emigração açoriana para o Canadá vão decorrer no Museu de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, estando prevista para quinta-feira, à mesma hora, uma iniciativa idêntica na Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, na ilha do Faial. Nestes dois eventos, o programa inclui uma conferência sobre o tema “Percursos Açorianos em Terras do Canadá”, a cargo de José Carlos Teixeira,da British Columbia University, no Canadá, a que se seguirá a apresentação de testemunhos de emigrantes canadianos regressados às suas ilhas de origem.  As atuações do Coro Tibério Franco da Terra Chã, na Terceira, e da Dixie Band, da Sociedade Filarmónica Unânime Praiense, no Faial, encerram a iniciativa.

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