Nuno Melo tinha condenando na segunda-feira, durante as jornadas parlamentares do CDS, em Ponta Delgada, a diminuição das dotações financeiras para regiões ultraperiférica como os Açores e a Madeira, atacando o PCP por se ter abstido no Parlamento Europeu na votação de um relatório que defendia o reforço dessas verbas.
“Quem terá de explicar ao povo açoriano a aprovação acrítica do relatório, do eurodeputado Nuno Teixeira do PSD, será o CDS/PP pois, como se pode constatar pela declaração de voto dos eurodeputados do PCP, apesar dos aspetos positivos do relatório ficaram por acautelar questões tão importantes como: a salvaguarda da produção regional, designadamente a fileira do leite e a reivindicação regional da gestão dos mares dos Açores”, respondeu o PCP.
Em comunicado da organização da Região Autónoma do PCP dos Açores, os comunistas dizem que a “defesa da autonomia e a defesa dos interesses dos Açores não se constituem como uma corrida, são um imperativo regional assumido por quem não se verga a imposições externas”.
“O eurodeputado do CDS/PP, Nuno Melo, veio aos Açores cometer um pecado por omissão. Pecados são pecados e tratando-se de um “democrata cristão” é caso para dizer que a penitência terá de ser, forçosamente, redobrada e que dificilmente conseguirá ser absolvido pelo povo açoriano”, afirmou o PCP.
Lusa