PCP apela à participação na greve geral

O PCP/Açores apelou hoje à mobilização dos trabalhadores do arquipélago para a greve geral convocada para 24 de novembro, considerando que “as medidas de austeridade na proposta para o Orçamento de Estado” constituem “um profundo ataque à autonomia”.

“Torna-se ainda mais urgente que os trabalhadores açorianos engrossem a corrente das muitas lutas que decorrem por todo o país, confluindo nesse poderoso momento de afirmação patriótica da exigência de uma nova política, que será a greve geral de 24 de novembro”, afirmou o coordenador do PCP/Açores, Aníbal Pires.

O dirigente falava numa conferência de imprensa, na Horta, Faial, onde apresentou as conclusões da reunião da direção regional do PCP/Açores, assegurando a realização, em novembro, de “uma intensa campanha de esclarecimento e mobilização dos trabalhadores açorianos” para a greve.

Para os comunistas, “o brutal aumento de 31,8 por cento, face ao mês de setembro do ano passado, do desemprego na região não só confirma que os efeitos das medidas de austeridade são ainda mais graves nos Açores, devido à fragilidade e pequena dimensão da economia açoriana, como demonstram a insuficiência das políticas sociais e económicas do Governo regional”.

“De especial gravidade é o profundo ataque à autonomia levado a cabo pelo Governo PSD/CDS-PP, com o provável apoio do PS, apesar das declarações dos seus dirigentes regionais”, acrescentaram.

Segundo Aníbal Pires, “depois de imporem a retenção ilegal dos impostos cobrados nos Açores, no âmbito do roubo do subsídio de Natal, de contratarem com o FMI a alteração da Lei das Finanças Regionais, para reduzir a diferenciação fiscal de que beneficiam as empresas e trabalhadores açorianos, continuam a atropelar a Constituição e o Estatuto Político-Administrativo”.

No entender do PCP, “o Governo Regional do PS continua a procurar disfarçar as suas responsabilidades nesta situação” e critica “a subserviência com que negoceia, no segredo dos corredores, com o Governo da República a aplicação de mais sacrifícios aos açorianos”.

“É inegável a cumplicidade ativa do Governo Regional, dada a forma com que aplica uma política de austeridade e redução do investimento público e como aceita, como se fossem inevitáveis, estes ataques à autonomia e às condições de vida dos açorianos”, frisou Aníbal Pires.

Os comunistas garantiram que vão continuar a apresentar propostas de alteração ao Plano e Orçamento para “uma justa repartição do rendimento dos pensionistas e trabalhadores da administração pública regional e local”, na mesma linha da proposta rejeitada na Assembleia Legislativa dos Açores que defendia um aumento do acréscimo ao salário mínimo regional.

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